Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Candaten, Luana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-25052021-123825/
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Resumo: |
A madeira em seu estado natural está susceptível ao ataque de organismos xilófagos e por isso são necessários tratamentos que melhorem o seu desempenho e ampliem as possiblidades de uso desse material, bem como os locais em que pode ser aplicado. Os preservativos de madeira mais utilizados são os de origem química e, dentre eles o Arseniato de Cobre Cromatado (CCA) tem vasta utilização no Brasil e no mundo. Esse preservativo atende aos requisitos de atuar como inseticida, fungicida e fixador, porém, com relação as questões ambientais como um todo, esse produto traz certa insegurança, por ser composto de metais pesados que são prejudiciais ao ambiente, saúde humana e animal, dificultando as formas de descarte e reciclagem quando sai de serviço. Com isso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a possibilidade de reciclagem da madeira tratada com CCA retirada de serviço, a partir da fabricação de painéis aglomerados e aplicar técnicas que promovam a remoção dos metais da madeira a fim de ampliar e facilitar as formas de destinação final. Para isso, foram coletados 4 postes (Eucalyptus spp.) tratados com CCA e já retirados de serviço, seccionando, de cada poste, dois toretes com 1 m de comprimento, sendo um acima e outro abaixo da zona de afloramento. Foram realizadas análises de massa específica da madeira, quantificação dos metais do CCA do material, e confeccionados painéis aglomerados de média densidade com misturas de Pinus caribaea entre os tratamentos. Também, testes de eletrorremoção em diferentes condições, em escala de bancada e extração ácida foram aplicados no material. Os resultados indicaram que a técnica de eletrorremoção foi eficaz, removendo taxas próximas a 100% dos metais de cobre, cromo e arsênio do material tratado, bem como, a extração ácida, sem a aplicação do campo elétrico, trouxe resultados satisfatórios. Com relação aos dados obtidos sobre a qualidade dos painéis MDP, os tratamentos envolvendo madeira tratada com CCA com misturas de Pinus caribaea apresentaram excelentes resultados de propriedades físicas e mecânicas. Contudo, para os produtos envolvendo o material tratado e submetido à extração ácida, os painéis não alcançaram resultados aceitáveis, onde o envolvimento de ácidos no processo de extração ácida pode ter afetado na colagem das partículas dos painéis, reduzindo a resistência mecânica dos mesmos. De maneira geral, a técnica de eletrorremoção e extração ácida é viável, removendo os metais presentes no material, ampliando as formas e locais de uso desse resíduo, e recomenda-se mais estudos acerca da aplicação da metodologia em maior escala. O mesmo é indicado para os produtos gerados dos painéis MDP, onde incentiva-se o uso da madeira tratada na condição de resíduo na fabricação dos mesmos, sendo uma alternativa tecnicamente viável e ambientalmente sustentável. |