Treinamento online sobre avaliação da dor neonatal para enfermeiros de um hospital de ensino: avaliação de aprendizagem, reação e impacto no trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa, Taine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-24022021-121949/
Resumo: Introdução: A dor repetida e não tratada no período neonatal pode ocasionar efeitos deletérios no crescimento e desenvolvimento infantil. Assim, o uso de estratégias de avaliação e controle da dor são fundamentais. Especificamente com relação a avaliação da dor, o treinamento online pode ser contribuir para a capacitação técnica e atualização dos profissionais de saúde. Objetivo: Avaliar o Programa de Avaliação da Dor Neonatal (PAD-Neo) aplicado a enfermeiros envolvidos na assistência neonatal de um hospital de ensino. Método: Trata-se de estudo quantitativo, longitudinal, quase-experimental realizado com 30 enfermeiros e respectivas chefias nas unidades de Alojamento Conjunto, Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica e Cuidados Intermediários do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. Os dados foram coletados entre abril e outubro de 2018. Antes do treinamento, os enfermeiros responderam questionários sobre perfil e motivação para aprender, além de pré-teste. O treinamento online foi oferecido ao longo de nove semanas e ao seu término, os enfermeiros responderam ao pós-teste e aos questionários de avaliação de reação e motivação para transferir. Após 45 dias do término do treinamento, os enfermeiros e suas chefias responderam a questionários de impacto em profundidade e amplitude, assim como suporte para transferência de treinamento. Todos os questionários foram respondidos eletronicamente. Os dados foram analisados no programa R versão 3.6.2. Foi realizada análise estatística descritiva, assim como modelo de análise de variância, Kruskal-Wallis, teste de correlação de Pearson, correlação de Kendall, correlação intraclasse e modelo de efeitos mistos. Foi adotado nível de significância de 5%. Resultados: A maioria dos enfermeiros eram do gênero feminino (93,33%), com idade média de 42,8 anos e tempo médio de formação de 18,6 anos. A média de motivação em transferir (4,09, DP=0,53) foi maior que a média da motivação em aprender (3,44, DP=0,33), independente da unidade de trabalho. Houve aumento significativo no conhecimento dos enfermeiros de todas as unidades, comparando-se as médias de pré e pós-teste (p<0.0001), independente da unidade de trabalho (p=0,9368). A reação dos enfermeiros em relação à tutoria, ambiente virtual, avaliação do aluno, conteúdo e atividades e comunicação visual foi positiva. O treinamento influenciou diretamente (impacto em profundidade) a prática assistencial dos enfermeiros, tanto na autoavaliação quanto heteroavaliação (média=4,28 e média=3,93, respectivamente). Contudo, o treinamento não apresentou efeitos indiretos (impacto em amplitude) na prática, na avaliação dos enfermeiros (média=2,37) e chefias (média=2,97). O suporte à transferência de treinamento demonstrou que às vezes (média=2,82 DP=0,48) o enfermeiro é encorajado a usar o que aprendeu no ambiente do trabalho, tanto pela chefia quanto por colegas. Conclusões: Avaliar o impacto da oferta de treinamentos na prática profissional é necessário. No presente estudo, o PAD-Neo contribuiu para o aumento do conhecimento dos participantes. O ambiente foi considerado adequado, de fácil manuseio, interativo e dinâmico, o que permite a construção ativa do conhecimento. O treinamento influenciou diretamente a prática assistencial dos enfermeiros, mas não apresentou efeitos indiretos em relação à conhecimentos, habilidades, atitudes e comportamentos, com apoio insuficiente do ambiente de trabalho.