Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Bilange, Elizabeth Maria Azevedo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-13022008-104503/
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Resumo: |
Entender a multiplicação das faces e funções do humor na prosa de Antônio Lobo Antunes é o objetivo desta tese. Frente à vasta obra, o foco da análise foi dirigido para a Trilogia sobre o poder. Agrupados pela temática e sem prejuízo da feição individual de cada romance, o trio, O Manual dos Inquisidores, O Esplendor de Portugal e Exortação aos Crocodilos, tece painel sobre a violência e o medo que se instauraram em Portugal e suas colônias de África no período pré e pós- Revolução dos Cravos com enredos aparentemente incompatíveis com o processo da comicidade, do humor e do riso. Sem explicitar apenas os recursos técnicos e o fazer artesanal do texto antuneano, estudou-se a tessitura estilística da comicidade para entender os mecanismos e elementos que imprimem representatividade cômica ao texto de Lobo Antunes. Mesmo que Bergson, Propp, Bakhtin, Kyser tenham contribuído com a base teórica de produção do cômico, são as teorias de Freud sobre humor e chiste que melhor abarcam a prosa de Antunes. Essas teorias ajudaram a mostrar que, em Lobo Antunes, os processos que resultam em humor, muita vez, possuem características antagônicas aos \"modelos\" estabelecidos. Para demonstrar as dimensões possíveis do jogo textual e do jogo irônico nos romances da Trilogia, lançou-se mão das teorias, entre outros, de São Tomás de Aquino, Huizinga, Callois, Piaget e Iser. Evidenciou-se, também, que o humor da Trilogia é áspero porque corrói, desbasta e denuncia os abusos do poder, das instituições e os absurdos do mundo moderno. |