Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Motta, Gustavo de Moura Valença |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27160/tde-13092018-150702/
|
Resumo: |
Este trabalhou tomou como ponto de partida a presença, no meio artístico brasileiro, entre 2000 e 2015, dos assim chamados coletivos de artistas. Ele procurou circunscrever histórica e conceitualmente as \"práticas artísticas colaborativas\" e as \"estratégias de visibilidade\" desenvolvidas por esses agrupamentos de artistas \"emergentes\" - no contexto de seu envolvimento, entre 1999 e 2001, com os movimentos altermundialistas e antiglobalização, e, a partir de 2003, com movimentos sociais de luta por moradia - alinhando-se, ao menos discursivamente, com a perspectiva dos \"de baixo\". De outro lado, o trabalho também identificou o desenvolvimento simultâneo, \"pelo alto\", de um complexo de procedimentos curatoriais pautados por novos modos de apresentação (displays) de objetos artísticos em exposições de \"arte contemporânea\". Por meio dos novos procedimentos curatoriais, tanto a 27ª Bienal de São Paulo (2006) quanto as mostras de \"arte contemporânea\" do Museu de Arte do Rio (2013-2015) foram capazes de absorver e canalizar, em seus discursos, parte das demandas \"subalternas\" associadas à produção dos coletivos. Para refletir criticamente sobre esse complexo de fenômenos do campo artístico, a pesquisa procurou articular uma discussão atualizada em torno dos conceitos gramscianos de \"hegemonia\" e de \"revolução passiva\". Tais conceitos, formulados originalmente pelo pensador italiano Antonio Gramsci (1891-1937), têm sido reprocessados teoricamente, no debate da sociologia brasileira de extração marxista, para pensar o ciclo dito \"lulista\" do Brasil contemporâneo. Em síntese, uma vez verificada a absorção das práticas \"emergentes\" e \"colaborativas\" pelo circuito artístico local, este trabalho procurou estabelecer e questionar historicamente as contradições e possíveis confluências das \"estratégias de visibilidade\", associadas às demandas dos \"de baixo\", com o desenvolvimento combinado dos novos procedimentos curatoriais, operados \"pelo alto\". |