Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Garbieri, Thais Francini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-06122021-094513/
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Resumo: |
Além da capacidade de regular, de maneira sistêmica, diversas funções essenciais do organismo, como as relacionadas à pressão sanguínea e à homeostase cardiovascular, o Sistema Renina-Angiotensina (SRA) tem sido relatado como um importante imunomodulador de atuação local, em diferentes tecidos. Seus componentes podem exercer atividades pró ou anti-inflamatórias, colaborando com a recuperação do tecido lesionado ou com a manutenção e evolução da inflamação, ocasionando danos teciduais. O fibroblasto é o tipo celular mais abundante do tecido conjuntivo que, dentre outras funções, atuam como sentinela, sendo capazes de expressar diversos mediadores inflamatórios na presença de diferentes estímulos. A hipótese do presente estudo foi que a Angiotensina ll (Ang II), uma vez ligada aos seus receptores AT1 em células orais humanas, seria capaz de promover a liberação de mediadores inflamatórios, colaborando com o estabelecimento e/ou manutenção do processo inflamatório local. Por outro lado, a Ang II, ligada aos receptores AT2, atuaria de maneira oposta às características citadas sobre os receptores AT1. Sendo assim, para melhor compreender o papel da Ang II nas doenças inflamatórias orais, este trabalho teve como objetivo investigar, in vitro, o potencial pró-inflamatório e/ou anti-inflamatório da Ang ll em culturas primárias de fibroblastos orais humanos, após interação com os receptores AT1 e AT2 em condições basais e após pré-estimulo com interleucina 1b (IL1b). Culturas primárias de fibroblastos foram obtidas a partir de explantes de gengiva, ligamento periodontal e polpa dentária (n = 3) e foram caracterizados pela análise morfológica e expressão de FSP (fibroblast surface protein) por imunofluorescência (IF). Citotoxicidade e viabilidade celular foi verificada pelo ensaio AlamaBlueÒ. A expressão gênica relativa foi investigada por Reação em Cadeia da Polimerase quantitativa (qPCR) precedida da Transcrição Reversa (RT), após estímulos com Ang II, IL1b e drogas antagonistas dos receptores AT1 (valsartan) e AT2 (PD123319). A imunofenotipagem dos receptores AT1 e AT2 foi verificada por citometria de fluxo em situações basais de cultivo e após estímulo com IL1b. Estímulo com Ang II por 24h, não foi capaz de modular a expressão de mediadores inflamatórios em nenhum dos tipos celulares. Em tempos menores de estímulo, as células responderam para alguns mediadores (P<0,05), entretanto, os bloqueadores não foram capazes de antagonizar as respostas observadas. Quando as células receberam a IL1b por 24h antes da Ang II, e foi mantida por mais 3, 6 e 24h, não se observou efeito aditivo ou sinérgico entre estas moléculas. Tanto o receptor AT1, quanto AT2 foram detectados por citometria de fluxo. Os resultados deste estudo sugerem que, nas condições experimentais adotadas, os fibroblastos de gengiva, ligamento periodontal e polpa dentária não demonstraram um papel importante no estabelecimento e/ou manutenção do processo inflamatório local, frente ao estímulo com Ang II. |