Irradiação com laser de baixa intensidade sobre a artéria radial como método adicional para o controle de mucosite oral em pacientes submetidos a radioterapia de cabeça e pescoço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Vasconcelos, Milena Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17154/tde-26092024-135948/
Resumo: Este estudo foi um ensaio clínico randomizado, duplo cego, placebo controlado que teve por objetivo avaliar o impacto da aplicação de laser de baixa intensidade pela técnica ILIB (Intravascular Laser Irradiation of Blood) modificado sobre a artéria radial na mucosite oral (MO) em pacientes tratados com radioterapia na região de cabeça e pescoço. Foram incluídos pacientes acima de 18 anos com diagnóstico de carcinoma espinocelular (CEC) e indicação de radioterapia (RT) por IMRT, associado ou não a quimioterapia (QT). Os pacientes foram randomizados em: 1. Grupo estudo (laser) e 2. Grupo placebo (aparelho com laser inativo). A randomização foi estratificada pela localização do tumor, e pelo tratamento antineoplásico (RT + QT; RT exclusiva). 27 pacientes concluíram o estudo. (14 estudo x 13 placebo). A idade média foi de 60,9 (±7,6) anos; 96% eram homens. A maioria apresentava tumor em nasofaringe/orofaringe (37%) ou em laringe/hipofaringe (37%). O tratamento mais frequente foi de radioterapia + cisplatina (48%). Não houve diferença entre os grupos com relação a localização tumoral, protocolo de tratamento e idade dos pacientes. Não houve diferença significante entre os grupos quanto a gravidade de MO. Cinquenta e quatro por cento (54%) dos pacientes do grupo placebo apresentou MO grave, contra 29% do grupo estudo (p = 0,30). Não houve diferença entre os grupos quanto a dor em cavidade oral, nenhum paciente apresentou dor intensa em boca durante o estudo. A incidência de dor moderada foi de 31% para o grupo placebo x 36% no grupo estudo (p = 0,78). Em relação a dor em orofaringe, houve diferença estatística na semana 3 do tratamento (p=0.003), o grupo placebo apresentou 38,5% de dor intensa, nenhum relato foi feito para o grupo estudo. Não houve diferença na qualidade de vida entre os grupos, dos doze domínios do questionário, as pontuações mais baixas foram \"sabor\" (21,54), \"engolir\" (47,78) e \"mastigar\" (48,08). A segurança de aplicação da técnica ILIB foi testada pelo controle de alteração antes e após a aplicação da pressão arterial, pulso e saturação. Não houve diferença entre os grupos. Os resultados sugerem segurança e efetividade do método ILIB modificado no controle de odinofagia em pacientes tratados com radioterapia de cabeça e pescoço. Um estudo com maior número de pacientes pode apresentar impacto do tratamento na redução de incidência da mucosite oral.