Esclerodermia cutânea: avaliação da resposta terapêutica à fototerapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Bedrikow, Roberta Buense
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-15122008-174003/
Resumo: INTRODUÇÃO: A esclerodermia é uma doença auto-imune, de evolução crônica, caracterizada pela esclerose progressiva do tecido conjuntivo e alterações da microcirculação. A etiologia da doença ainda não está esclarecida. Em sua patogênese ocorre dano no endotélio vascular, com ativação inflamatória e imunológica, levando ao aumento da síntese do colágeno e outras proteínas da matriz extracelular. A esclerodermia cutânea é uma doença autolimitada e as formas superficiais evoluem com resolução em meses ou anos, deixando pouca ou nenhuma seqüela. Entretanto, em dez por cento dos casos ocorrem lesões atróficas, deformantes, que retardam ou dificultam o desenvolvimento normal. Relatos da literatura apontam a fototerapia como uma modalidade terapêutica com resposta favorável nas formas cutâneas da esclerodermia. A fototerapia, através do seu efeito imunossupressor, inibe a produção do colágeno além de induzir aumento da síntese de colagenase. Este trabalho teve como objetivo avaliar o tratamento da esclerodermia cutânea com fototerapia. Utilizou-se o exame clínico e a ultra-sonografia da pele como metodologia para demonstrar os resultados obtidos com o tratamento proposto. MÉTODOS: Durante o período de janeiro a dezembro de 2007, foram selecionados 11 pacientes com diagnóstico de esclerodermia cutânea, para o tratamento com fototerapia no Setor de Alergia e Fototerapia da Clínica de Dermatologia da Santa Casa de São Paulo. Os pacientes foram classificados de acordo com o tipo de esclerodermia cutânea e o estágio evolutivo das lesões: inflamatórias ou de estado. Os tipos de fototerapia escolhidos para esse estudo foram PUVA sistêmico, PUVA tópico e UVB banda estreita. As lesões foram avaliadas pela palpação clínica em busca de resistência ao pinçamento da pele, e submetidas ao exame de ultra-som de alta freqüência, com a finalidade de mensurar a espessura da derme, antes do tratamento e ao final da 12ª semana de fototerapia. RESULTADOS: Foi observado o início da melhora clínica das lesões com média de 10 sessões de fototerapia. A palpação clínica mostrou amolecimento em todas as lesões estudadas, tanto em lesões inflamatórias como nas lesões de estado, com redução nos escores quando comparado pré e pós-tratamento. No exame de ultra-som, a maioria das lesões avaliadas mostrou diminuição da espessura da derme e apenas cinco mantiveram sua medida. Não se observou diferença na resposta ao tratamento de acordo com o tipo de fototerapia instituída. CONCLUSÕES: O tratamento proposto foi efetivo em todas as lesões, independentemente do tipo de fototerapia realizada. A melhora foi observada em todas as lesões tratadas, e comprovada pela avaliação clínica e exame de ultra-som da pele