Comparação biomecânica ex vivo da estabilização bilateral da coluna vertebral cervical caudal de cães conferida por meio de parafusos poliaxiais monocorticais e barras conectoras associados ou não a barra transversal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Prado, Leonardo Oliveira de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-14052020-123808/
Resumo: O tratamento cirúrgico para cães com espondilomielopatia cervical é presumido como o tratamento de eleição. Entretanto, na Medicina Veterinária, estudos biomecânicos e clínicos que propõem a viabilidade da fixação com parafusos vertebrais e barras conectoras, associados ou não a dispositivos que visam aumentar a estabilidade do segmento vertebral cervical de cães, são escassos. O objetivo do presente estudo foi verificar a aplicabilidade e resposta clínica da estabilização vertebral cervical caudal por meio de parafusos poliaxiais monocorticais em pacientes com espondilomielopatia cervical caudal, e analisar as propriedades biomecânicas deste método de fixação em espécimes caninas. No primeiro estudo foram analisados os resultados clínicos da técnica de distração-estabilização vertebral por meio de parafusos vertebrais poliaxiais monocorticais e barras conectoras associados a um distrator intervertebral no tratamento de cinco cães com espondilomielopatia cervical disco-associada. Todos os cães apresentavam tetraparesia ambulatória. A total remissão das manifestações clínicas foi verificada em dois pacientes, dois cães apresentaram manutenção da graduação neurológica, e um apresentou resposta inaceitável, com piora do quadro neurológico. A principal complicação verificada foi o deslocamento ventral do distrator intervertebral. Após um tempo médio de acompanhamento de 15 meses ± 9,5 meses (1 a 26 meses) não foram verificados sinais de fusão vertebral. Desta forma, sugere-se que a técnica utilizada é uma opção viável para o tratamento de cães com espondilomielopatia cervical, embora sua efetividade em promover a fusão das vértebras tratadas ainda deva ser melhor estudada. Em estudo semelhante foram analisados 13 segmentos de colunas vertebrais (C5-T2) de cadáveres caninos que representaram três grupos experimentais. Os grupos foram divididos segundo a condição vertebral avaliada: G1, representado pelas colunas vertebrais íntegras (Grupo Íntegro); G2, representado pelas colunas vertebrais com parafusos poliaxiais monocorticais e barras conectoras (Grupo Poliaxial); e G3, representado pelas colunas vertebrais com parafusos poliaxiais monocorticais e barras conectoras com a adição de uma barra transversal (Grupo Poliaxial com Barra Transversal). Foram avaliados a amplitude de movimento (AM) e zona neutra (ZN) nos eixos de flexão e extensão e torção axial. Os grupos estabilizados demonstraram rigidez significativamente maior em relação ao Grupo Íntegro. Entre os Grupos 1 e 2, para os dois parâmetros e eixos avaliados, houve diferença com valores de p < 0,001, assim como verificado na comparação da amplitude de movimento entre os Grupos 1 e 3. Na comparação da zona neutra entre os Grupos 1 e 3 verificou-se valores de p = 0,009 para torção axial e p = 0,003 para flexão-extensão, porém não houve diferença significativa entre os grupos de espécimes fixados com ou sem barra transversal, concluindo desta forma, que este método de estabilização é efetivo em aumentar a estabilidade da coluna vertebral cervical caudal e a adição de uma barra transversal pode não ser necessária na fixação do segmento estudado.