Bioequivalência de comprimidos de nimesulida do mercado nacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Rolim, Clarice Madalena Bueno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-22062011-142512/
Resumo: A nimesulida, é um fármaco sintético, pouco solúvel em água (0,01 mg/mL), classificado como antiinflamatório não esteróide, com atividade analgésica e antipirética. No Brasil são comercializadas várias especialidades farmacêuticas orais, contendo nimesulida, na dosagem de 100 e 200 mg. Em termos de saúde pública tais produtos, prescritos pelo médico como similares intercambiáveis, deveriam apresentar, a mesma eficácia clínica, sendo a bioequivalência um requisito fundamental. Um estudo em que se verifique a qualidade biofarmacotécnica de uma amostragem destes produtos toma-se bastante útil para que se possa avaliar a situação atual. Pretendeu-se neste trabalho, realizar avaliação biofarmacotécnica in vitro (cinética da dissolução) e in vivo (bioequivalência) de formulações do mercado nacional contendo nimesulida, analisando a presença ou não de bioequivalência: Nisulid® 100 mg - (Laboratórios Asta Medica) considerado produto referência (R) e Sintalgim® 100 mg - (Laboratórios Sintofarma) considerado produto teste (T). Inicialmente desenvolveu-se método para análise da cinética de dissolução, pois não existe método de dissolução nos compêndios oficiais para comprimidos contendo nimesulida. Após padronização do método, avaliou-se a cinética de dissolução de três lotes R e três T de comprimidos de nimesulida através dos parâmetros ks (constante de velocidade de dissolução) e t50% (tempo necessário para dissolução 50% do fármaco presente na forma farmacêutica), oriundos dos perfis de dissolução. Obteve-se valores de ks de 0,1417 min-1; 0,1506 min-1 e 0,1138 min-1 para os três lotes de R e 0,2540 min-1, 0,1965 min-1, 0,1557 min-1 para os três lotes de T, e t50% entre 4,6 a 6,09 min para R e 2,73 a 4,45 min para T. O ensaio de bioequivalência foi do tipo quantitativo, direto, cruzado com distribuição aleatória, com coletas de amostras de sangue até doze horas após administração dos produtos R e T a vinte e quatro voluntários. Validou-se método por cromatografia líquida de alta eficiência para quantificação das amostras de plasma contendo nimesulida, avaliandose exatidão, precisão, recuperação, especificidade e linearidade. Utilizou-se fenacetina como padrão interno que mostrou-se sensível e reprodutível nas concentrações exigidas para o método, e detecção em ultravioleta a 230 nm, após extração com solvente orgânico. A bioequivalência foi determinada pela comparação dos parâmetrosfarmacocinéticos Cmax (concentração plasmática máxima) tmax (tempo necessário para Cmax) e AUCT (área sob a curva de decaimento plasmático) obtidos para R e T. Os resultados foram submetidos a análise estatística conforme recomendado pelo FDA-USA, determinando-se os intervalos de confiança 90% (I.C. 90%) para as relações entre Cmax e AUCT para R e T. Os valores médios destes parâmetros foram para R e T, respectivamente, 9,22 µg/mL e 9,41 µg/mL; 58,98 µgxh/mL e 58,52 µgxh/mL. Os I.C. 90% para Cmax e AUCT foram, respectivamente 96,73 a 101,44 % e 99,42 a 105,31%. Conclui-se que R e T são bioequivalentes, podendo ser administrados de forma intercambiável, sem prejuízo do efeito terapêutico.