Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Maggiorini, Erica Vanessa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-02102013-143248/
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Resumo: |
Atualmente, existem 90 áreas identificadas como prioritárias para a sobrevivência da onça-pintada em longo prazo. A Mata Atlântica, um dos cinco hotspots mais ameaçados do mundo, é uma dessas áreas de altíssima prioridade para conservação da espécie. Devido à escassez de informações básicas sobre a onça-pintada nesse bioma, o objetivo principal deste estudo é fazer uma caracterização da ocorrência da espécie em uma faixa de Mata Atlântica e indicar áreas adequadas à sua ocorrência. Para isso foram realizadas entrevistas com moradores locais, onde foram registradas as observações da espécie feitas pelos entrevistados. Foi feita uma análise de correlação destes registros com variáveis da paisagem (altitude, declividade, distância de rodovias, densidade demográfica, densidade da rede de drenagem, porcentagem de floresta, distância de áreas urbanas e presença de Unidades de Conservação) para auxiliar no reconhecimento de áreas importantes e a consequente conservação desta espécie. Além disso, foram gerados modelos de ocupação e de distribuição de espécies para identificação de áreas adequadas à ocorrência da espécie na área de estudo. Foram realizadas cinco entrevistas em cada um dos 111 quadrantes de 90 km², de maio de 2010 até junho de 2011, totalizando 577 entrevistas em 181 dias de campo. As variáveis significativas para a presença da espécie na área de estudo foram distância de áreas urbanas, porcentagem de floresta e altitude. Os modelos de ocupação indicaram que a proporção de área usada foi de 93% e a probabilidade de detecção de aproximadamente 30%, tendo como principal covariável a distância de áreas urbanas. Os modelos de distribuição utilizados foram os que consideraram os registros refinados de observação direta do animal e pegadas (N = 300) e os registros refinados de observação direta (N = 56). Os dois modelos escolhidos foram satisfatórios (AUC = 0,9793 ± 0,0021 e 0,9851 ± 0,0032), com erro de omissão aceitável (0,20 e 0,24) e significativo (p = 0). Estes dois modelos em conjunto permitiram caracterizar o contínuo da Mata Atlântica costeira do Estado de São Paulo como adequado à ocorrência da onça-pintada. O método de entrevista confirmou-se como um método possível para obtenção de registros de ocorrência para modelagem de ocupação e distribuição de espécies, sendo possível a identificação de áreas importantes para conservação da onça-pintada na área de estudo. As áreas que merecem especial atenção para a conservação da onça-pintada são: os Núcleos Caraguatatuba, São Sebastião e Picinguaba do PESM, o PN da Serra da Bocaina, PECB, PEI, PETAR, PERT, EE Juréia-Itatins EE de Guaraqueçaba e a região entre Juquiá (SP) e Tapiraí (SP). A região do Núcleo Cubatão do PESM que não mostrou nenhuma adequabilidade necessita de ações urgentes para minimizar os impactos antrópicos evitando que essa região seja uma barreira para dispersão da espécie. |