Manejo da hipertensão no puerpério inicial: ensaio clínico randomizado de comparação de dois medicamentos anti-hipertensivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Marques, Rossana Mariana Carvalho de Paiva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-21052024-171902/
Resumo: Objetivo: Avaliar o controle da pressão arterial no pós-parto imediato em mulheres hipertensas que fizeram uso de metildopa durante a gravidez, comparando a manutenção desse medicamento com a troca por captopril. Métodos: Ensaio clínico randomizado, simples-cego, envolvendo 172 puérperas com hipertensão arterial que usaram anteriormente metildopa durante a gravidez na dose mínima de 750 mg/dia por pelo menos uma semana antes do parto. Após o parto, os pacientes foram randomizados para continuar com metildopa (dose mínima de 250 mg, três vezes ao dia) (grupo metildopa, n=88) ou para mudar para captopril (na dose inicial de 25 mg, três vezes ao dia) (grupo captopril, n=84). A comparação dos grupos em relação à chance de controle da PA (< 140/90 mmHg) em mais de 50% das aferições após parto foi feita a partir de modelo de regressão logística. Resultados: Nas 48 horas após o parto não foram encontradas diferenças significativas no controle da pressão arterial entre os grupos (metildopa 92,0% e captopril 95,2%; p=0,397). Em relação à incidência de efeitos colaterais, não foram encontradas diferenças entre os dois grupos (p>0,05). Em relação à depressão, não houve diferenças entre os pacientes dos grupos captopril e metildopa (pontuação mediana de captopril 4,0; intervalo interquartil: 1,0-9,0 versus metildopa 4,0; 0,0-9,8) (p>0,699). Os dois grupos foram semelhantes quanto à ocorrência dos demais desfechos clínicos (média de crises hipertensivas, tempo até o controle da pressão arterial, necessidade de associação de outros medicamentos anti-hipertensivos, complicações maternas e neonatais e depressão pós-parto). Conclusão: A manutenção do tratamento anti-hipertensivo com metildopa no pós-parto apresentou resultados semelhantes à troca por captopril, tanto no que diz respeito à eficácia do medicamento no controle da pressão arterial quanto à segurança do tratamento. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos em relação nas médias diárias de pressão arterial sistólica e diastólica, pressão arterial média, frequência cardíaca, número de crises hipertensivas ou tempo necessário para a pressão arterial para atingir o controle. Da mesma forma, os grupos foram semelhantes quanto ao percentual de pacientes em que a dose do medicamento teve que ser duplicada, reduzida, interrompida ou associada a outros anti-hipertensivos para controle da pressão arterial; o percentual de uso de analgésicos e antiinflamatórios para controle da dor; a ocorrência de alterações laboratoriais, eventos adversos, complicações maternas e neonatais; e o grau de satisfação do paciente