Níveis de tensão de água no solo e suspensão da irrigação em três períodos de crescimento do trigo (Triticum aestivum, L.) irrigado em solo de cerrado: efeito sobre a produtividade, componentes da produção, desenvolvimento e uso de água

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1988
Autor(a) principal: Azevedo, Juscelino Antonio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20231122-093325/
Resumo: Com o propósito de avaliar o efeito de níveis de tensão de água no solo sobre a produtividade e os componentes da produção, desenvolvimento e uso de água, em três etapas do ciclo do trigo variedade BR-10, foi conduzida uma pesquisa, em condições de campo, em Latossolo Vermelho Escuro argiloso de cerrado, na área experimental da EMBRAPA/CPAC (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária/Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados), em Brasília, DF. A metodologia consistiu em testar diferentes controles de irrigação, através da aplicação de 12 tratamentos assim caracterizados: a) oito tratamentos combinando-se 2 níveis (0,6 e 3 atmosferas) de tensão de água no solo, controlados em 3 etapas de desenvolvimento; b) três tratamentos com irrigações interrompidas em cada fase; c) um tratamento controlado a nível adequado, recebendo água com base nas leituras de evaporação do tanque classe A. Medidas de produtividade e dos componentes da produção (nº de espigas por m2, nº de grãos por espiga, nº de espiguetas por espiga e peso de 1000 grãos) foram obtidas na colheita. As medidas de crescimento, tais como altura de plantas, índice de área foliar e número de perfilhos por planta, foram tomadas em todas as etapas de desenvolvimento. Avaliou-se quantitativamente o comprimento de raízes até 1,20 metros de profundidade. Foram obtidas estimativas de água evapotranspirada através de cálculos do balanço hídrico, e da extração de água, usando-se leituras de tensiômetros colocados no solo às profundidades de 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100 e 120 cm. Os resultados obtidos permitem concluir que os níveis de tensão de água no solo e a fase do ciclo da planta em que ocorrem afetam o rendimento, em grau variável, através de alterações significativas produzidas em seus componentes. O componente que mais contribuiu para o rendimento foi o nº de espigas/m2. Rendimentos acima de 6.000 kg/ha foram conseguidos com 600 a 700 mm de água, mantendo-se a tensão de água no solo à profundidade de 10 cm, no momento da irrigação, entre 0,7 a 0,8 atmosfera, a partir do emborrachamento até a maturação. A fase mais critica com relação à água é do emborracharrento até o espigamento, compreendida entre 42 e 64 dias após a emergência. Medidas de crescimento e extração de água em profundidade foram menos afetadas pelas tensões. Cerca de 75% a 80% da água foi extraída dos primeiros 30 cm de solo, sendo 40% a 45% originada da camada mais superficial de zero a 10 cm.