Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Mariano, Carolline Fontes Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-05012024-170111/
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Resumo: |
O câncer gástrico (CG) constitui uma importante causa de incidência e de óbitos no mundo, sendo o adenocarcinoma (AG), o tipo mais comum de câncer gástrico. Estudos moleculares os categorizam em quatro subtipos genômicos: instabilidade cromossômica, instabilidade de microssatélites, vírus Epstein- Barr positivos e genomicamente estáveis (GS). O subtipo GS apresenta mutações específicas, em especial a do gene RHOA e a fusão gênica CLDN18- ARHGAP26, que resultam em prejuízo da integridade epitelial, maior invasividade de células tumorais, sendo mais observados no AG de tipo difuso. Trata-se de um estudo caso-controle, retrospectivo e longitudinal, baseado na análise da taxa de fusão gênica CLDN18-ARHGAP26 em correlação a estudo imuno-histoquímico para a avaliação da expressão das proteínas Claudina 18, ARHGAP26 e E-caderina em amostras de adenocarcinoma gástrico com e sem neoadjuvância, oriundos de peças cirúrgicas de gastrectomia realizadas entre 2008 e 2017. Para o estudo molecular foram selecionadas 78 amostras congeladas de AG, armazenadas no Biorrepositório do Serviço de Cirurgia e Endoscopia Digestiva do HCFMRP-USP, submetidas à microtomia e avaliação do percentual de tecido tumoral representado nas amostras. O estudo imuno-histoquímico dessa mesma população foi realizado a partir dos blocos de parafina arquivados no Serviço de Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Quarenta e três amostras congeladas de AG (11 neoadjuvantes) exibiam boa representatividade tumoral para estudo molecular, sendo realizada extração inicial de RNA, seguido da amplificação por RT-qPCR e sequenciamento de DNA. Não foi detectado padrão de fusão gênica. O estudo imuno-histoquímico para avaliação da expressão das proteínas ARHGAP26 e da E-caderina no AGs mostrou um padrão de expressão preservada em cerca de 90% dos casos de CG. Detectou-se expressão diminuída da proteína Claudina 18 em 78% dos casos, em especial nos casos de tipo intestinal (100%). Observou-se uma correlação fraca entre as proteínas ARHGAP26-CLDN18. Não se observou associação estatisticamente significativa entre as expressões imuno-histoquímicas das proteínas ARHGAP26, Claudina 18, E-caderina e váriáveis clínicas (sobrevida global, sobrevida livre de doença, tipo histológico e estádio clínico). Não se detectou associação estatisticamente significativa entre os tipos de tratamento recebido pelo paciente e as expressões imuno-histoquímicas das proteínas ARHGAP26, Claudina 18 e E-caderina. Observou-se uma associação entre a regressão tumoral pós-neoadjuvância e as expressões imuno-histoquímicas das proteínas ARHGAP26 e E-caderina. Os tempos de sobrevida global e livre de doença foram maiores nos pacientes submetidos ao tratamento neoadjuvante em comparação com o adjuvante. Nosso trabalho ressalta a importância da claudina 18 como indicador prognóstico relacionado a progressão de doença no adenocarcinoma gástrico e sugere a sua utilização nos métodos de rotina diagnóstica histopatológica permitindo identificar pacientes de risco para avaliação molecular complementar e um tratamento alvo mais específico. |