Teste de caminhada de seis minutos após infarto agudo do miocárdio: comparação com teste ergométrico e peptídeo natriurético tipo B

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Umeda, Iracema Ioco Kikuchi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-28092022-164226/
Resumo: Introdução: O infarto agudo do miocárdio continua sendo uma doença de interesse em Saúde Pública devido a sua morbimortalidade. O teste ergométrico e os marcadores biológicos, incluindo o peptídeo natriurérico tipo B (BNP) auxiliam na estratificação de risco dos pacientes, porém estes exames requerem materiais de alto custo. O teste de caminhada de seis minutos (TC6) é um teste de fácil aplicação e de baixo custo. Objetivo: verificar e correlacionar a distância do TC6 após IAM não complicado com o consumo de oxigênio (VO2) obtido pelo teste ergométrico (TE) e as concentrações de BNP. Analisar que variáveis influenciaram no TC6 e comparar o comportamento da freqüência cardíaca (FC) e da pressão arterial (PA) no TC6 e TE. Metodologia: Os critérios de inclusão foram: pacientes com IAM com supra desnível de ST, internados no Instituto \"Dante Pazzanese\" de Cardiologia entre Junho de 2005 a Abril de 2007, de ambos os gêneros, idade entre 21 a 80 anos e que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram excluídos os pacientes com evolução clínica complicada, resultados adversos de TE e com comorbidades impeditivas para caminhar. A dosagem do BNP e o TE foram realizados no 4° ou 5° dia de IAM e o TC6, após um a dois dias. Para análise estatística foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smimov, t de Student ou de Wilcoxon; qui-quadrado; correlação de Pearson ou Spearman, ANOVA e ANCOVA. p-valor < 0,05. Resultados: Expressos em média e desvio padrão para variáveis quantitativas e número e porcentagem para variáveis categóricas. Casuística: 61 pacientes, 47 homens (78,7%), 56,38 (9,98) anos, IMC = 27,40 (4,44) Kg/m2. Todos os pacientes concluíram o TC6 sem intercorrências, com distância de 451,54 (88,30) m. O VO2 obtido pelo TE foi de 25,66 (8, 78) ml/Kg/min, BNP = 249,45 (296,05) pg/ml, fração de ejeção do ventrículo esquerdo = 51,22 (9,20)%, 27 pacientes (44,3%) com diagnóstico de IAM anterior e 50 (83,6%) com terapia de reperfusão, não sendo verificada correlação entre elas, exceto uma fraca correlação (r = 0,353; p = 0,006) entre o TE (VO2) e TC6 (metros). Sedentarismo, idade, gênero e terapêutica de reperfusão tiveram associação com a distância no TC6. No modelo linear generalizado mostraram efeitos significantes a idade (p = 0,009), o IMC ( p = 0,045) e gênero (p < 0,0001) na distância do TC6. Na comparação da FC, PA entre TC6 e TE observou-se valores médios de pico superiores no TE do que no TC6 e retomo mais próximo aos valores basais na recuperação mais no TC6 do que no TE. Conclusão: A distância no TC6 foi de 451,54 m, com fraca correlação com TE (25,66 ml/Kg/min) e BNP (249,45 pg/ml). No modelo linear generalizado, os fatores que influenciaram na distância do TC6 foram: idade, IMC e gênero. Os valores de pico do TE foram maiores no TC6 do que no TE, com retomo mais próximo aos valores basais na recuperação mais no TC6 do que no TE, sugerindo a segurança clínica da aplicação do TC6 em pacientes após IAM não complicado.