Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Emerson Arcoverde |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17148/tde-17102018-104056/
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Resumo: |
Seguindo como um dos transtornos mais desafiadores, apesar dos avanços dos estudos que tentam elucidar sua fisiopatologia, a esquizofrenia continua sendo objeto de estudo de pesquisa na busca de novas opções de tratamento. Explicações que vão além da teoria dopaminérgica da esquizofrenia têm estimulado pesquisas, em particular as relacionadas a neurotransmissão glutamatérgica (com foco nos receptores N-metil-D-Aspartato - NMDA), receptor influenciado por diversas substâncias além do glutamato, como por exemplo, os aminoácidos D-serina e glicina, assim como os esteroides neuroativos, como a pregnenolona. Com a existência de estudos clínicos já sugerindo efeitos positivos da D-serina e da pregnenolona, como tratamento adjuvante aos antipsicóticos, tem-se acumulado interesse pelo estudo do papel desta na fisiopatologia da esquizofrenia. Ao mesmo tempo, pergunta-se se os antipsicóticos não influenciariam de alguma maneira a neurotransmissão gabaérgica e glutamatérgica, através de alteração nos níveis da pregnenolona e/ou de aminoácidos neuroativos, como a D-serina. Assim, este estudo objetivou a avaliação dos efeitos dos antipsicóticos atípicos clozapina e ziprasidona sobre os níveis cerebrais de aminoácidos neuroativos, como a D-serina, assim como da pregnenolona. Os testes foram feitos em cérebros de ratos após o tratamento com as medicações ou o placebo, após uso agudo (1, 3 e 24 horas) e subagudo (7 e 21 dias). Com grupos de 4 a 5 ratos, as medições dos aminoácidos e dos esteroides nos cérebros foram feitas através de cromatografia líquida de alta performance (CLAP) para os aminoácidos e de cromatografia gasosa/espectroscopia de massa para os esteroides neuroativos. Os dados foram analisados com software SPSS 17, através dos testes ANOVA e pós teste Student Newman Keuls. Como resultados, não observamos alterações dos níveis dos aminoácidos após o uso das medicações quando comparadas ao placebo. Já em relação a pregnenolona, esta se mostrou aumentada após o uso dos antipsicóticos, mas este aumento não manteve sua significância após análises pós teste. Apesar de estudos já terem demonstrado diferenças nos níveis de aminoácidos após uso de antipsicóticos, em regiões cerebrais de ratos, nosso estudo não evidenciou tal influência nas concentrações globais deaminoácidos nos cérebros estudados, assim como não demonstrou mudanças nos níveis de pregnenolona após o uso agudo e subagudo dos antipsicóticos. Considerando dados prévios, que apontavam para alterações de esteroides neuroativos após uso de psicotrópicos, inclusive com estudos demonstrando previamente efeitos da clozapina nos níveis de pregnenolona, nosso estudo obteve dados discordantes, que podem ser explicados pelo desenho de uso agudo das medicações. As observações feitas no presente estudo trazem novos dados em relação ao que já existia na literatura, quanto ao potencial de alterações dos níveis cerebrais de aminoácidos e esteroides neuroativos. Assim, esperamos contribuir de alguma forma, para um melhor entendimento do mecanismo de ação das medicações antipsicóticas, apesar de ressaltar a necessidade de estudos mais amplos que avaliem as alterações nos níveis das moléculas aqui estudadas, mas que considerem mensurações em regiões específicas cerebrais. |