Representação social do professor em relação à inclusão escolar de crianças com deficiência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Galceran, Natália Benatti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-23102024-145044/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo investigar a representação social do professor em relação à inclusão escolar de crianças com deficiência e identificar quais sãos os valores e crenças associados a este processo. Foram entrevistados 30 professores da Escola Municipal de Ensino Infantil - EMEI Ítalo Bettarello, localizada na zona norte da cidade de São Paulo. Foi utilizada a abordagem qualiquantitativa de pesquisa e a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Para a coleta e análise dos dados foram elaborados 4 cenários, no formato de breves estórias que continham uma pergunta aberta ao seu final, abordando os respectivos temas: obrigatoriedade da assistência à criança com deficiência no ensino regular; o que seria necessário para preparar o professor para trabalhar com inclusão; agressividade de crianças com deficiência; e a questão da legislação acerca da inclusão escolar. Como resultados foram obtidas categorias a partir dos discursos de cada cenário. Sobre a obrigatoriedade da inclusão escolar foram citadas as questões do preconceito e a falta de apoio ao professor neste processo, como de maior compartilhamento entre os relatos. Quanto ao segundo tema foram pontuados primordialmente a necessidade de cursos de formação e a vivência com essas crianças. Quando a questão da agressividade foi abordada, o tema mais freqüente foi o esforço por parte da escola em pedir que o pai da criança agredida entendesse a situação de deficiência Por fim, o último cenário referente à legislação, aponta que é um direito da criança e que, portanto, a lei deve ser cumprida Foi possível identificar um elevado número de ancoragens nos discursos dos entrevistados, o que sugere a hipótese de que o professor faz uso destas afirmações de alto nível de compartilhamento popular no intuito de se proteger das críticas relacionadas ao preconceito na oferta de assistência a esta população. Conclui-se que o professor não se sente preparado para trabalhar com crianças com deficiência, uma vez que os requisitos para essa preparação ideal são multifatoriais, e dependem das crenças e valores intrínsecos a cada sujeito. Sugere-se a proposta de educação permanente como forma inovadora de formação continuada destes profissionais.