O uso de álcool e as condições de saúde entre motoristas nas estradas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Domingos, Josélia Benedita Carneiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-29042008-105038/
Resumo: O uso de álcool entre motoristas é tema preocupante devido às graves conseqüências e aos altos índices de acidentes de trânsito que tem gerado. O presente estudo teve como objetivo identificar o uso do álcool entre motoristas nas estradas, bem como avaliar as condições de saúde entre os participantes da Campanha Saúde na Estrada em Ribeirão Preto, SP. A amostra foi composta por 1014 participantes, a maioria homens, com idade de 30 a 45 anos, casados, com baixo nível de escolaridade, procedente da Região Sudeste, religião católica. Entre os participantes, 81,5% são caminhoneiros. Quanto ao uso do álcool, 738 (72,7%) bebem de 2 a 4 vezes por mês, de 3 a 4 doses numa única ocasião e se embriagam semanalmente, índices considerados altos quando se trata de motoristas. Esses apresentam uso de bebidas alcoólicas em níveis de risco e de baixo risco. Entre os 229 (31%) motoristas que sofreram acidentes de trânsito, 19 (2,5%) acidentes ocorreram após o beber. Em relação às condições de saúde, 33% que apresentam hipertensão fazem uso de risco, quase 30% apresentam diabetes e também fazem uso de risco, no entanto, aqueles que expressaram ter pancreatite foram 74,5% e apresentaram colesterol acima de 200mg/dL 39,1% fazem uso de baixo risco. Na análise dos dados, avaliados através da pontuação do AUDIT maior que 8, ter idade menos que 30 e entre 30 e 45 anos, ser do sexo masculino, não ter religião, sobrepeso e obesidade foram considerados as características que contribuíram para os fatores de riscos entre os participantes. Ao passo que, ser evangélico, praticar religião, estar casado/amasiado e possuir nível superior foram os fatores de proteção para o uso abusivo de álcool. Esses dados nos fornecem subsídios para o desenvolvimento de campanhas preventivas pontuais sobre o beber e dirigir, como também ações educativas e informativas permanentes para essa clientela expostas aos riscos nas estradas.