Suplementação de creatina, performance e composição corporal de nadadores de elite e amadores: avaliação dos efeitos agudo e crônico (OU) Efeitos da suplementação de creatina em nadadores: uma comparação de desempenho entre atletas de elite e amadores, e de composição corporal entre protocolos de suplementação aguda e crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Mendes, Renata Rebello
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-22082017-153649/
Resumo: A suplementação de creatina tem sido considerada importante estratégia ergogênica, uma vez que baixas concentrações musculares desse composto encontram-se entre as principais limitações para o desempenho em atividades de curta duração e alta intensidade. Porém, há controvérsias sobre os resultados obtidos por meio de tal estratégia, pois se acredita que indivíduos sedentários ou atletas amadores apresentariam melhores resultados quando comparados a atletas de elite. Os efeitos das suplementações aguda e crônica de creatina sobre o aumento da massa corporal magra também têm se tornado alvo de constantes investigações científicas, no intuito de se determinar o componente da massa magra responsável por esse incremento. Desta forma, os objetivos do presente trabalho foram avaliar o efeito da suplementação aguda de creatina (20,0 gramas/dia, durante 5 dias) sobre o desempenho em exercícios intermitentes de curta duração e a composição corporal de nadadores de elite (NE) e amadores (NA), bem como investigar a influência da suplementação crônica de creatina (5,0 gramas/dia, durante 45 dias) sobre a composição corporal dos NA. Para tanto, foram estudados 40 nadadores, sendo 22 de elite e 18 amadores, os quais foram subdivididos em grupos creatina (NECR e NACR) ou placebo (NEPL e NAPL). Após o período agudo de suplementação, foram observadas elevações significativas nas excreções urinárias de creatina (0,026 para 8,40; 0,024 para 12,40 gramas/dia) e creatinina (0,99 para 1,90; 1,85 para 2,50 gramas/dia) nos grupos NECR e NACR, respectivamente. Embora a suplementação aguda tenha promovido redução significativa do lactato sanguíneo em alguns momentos do teste de performance no grupo NACR, bem como declínio da amônia plasmática ao final do exercício nos grupos NECR e NACR, não houve melhora nos tempos de natação em nenhum grupo após a suplementação aguda. No que diz respeito à composição corporal houve aumento de água corporal na fase aguda, sem aumento de massa corporal protéica estimada (MCPE), nos NECR e NACR. No período crônico, o grupo NACR apresentou ganhos significativos de massa magra (900 gramas) e MCPE (200 gramas), enquanto o grupo NAPL apresentou reduções significativas nesses parâmetros (1400 gramas e 800 gramas, respectivamente). Tais resultados demonstraram que a suplementação de creatina não promoveu melhora aguda de desempenho em atividades de curta duração e alta intensidade, porém, cronicamente, preveniu perdas de massa magra e MCPE.