Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Maria Manuela Ferreira Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-31052023-111733/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O tratamento cirúrgico dos pacientes com câncer de estômago e esôfago pode causar impacto no estado nutricional dos pacientes. No primeiro ano de cirurgia a porcentagem de perda de peso é de 7% a 15%. Portanto, avaliar o estado nutricional após a cirurgia pode auxiliar na escolha de tratamentos a serem realizados e do suporte nutricional que interferirá na condição geral e na qualidade de vida destes pacientes. OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional de pacientes com câncer de estômago e de esôfago submetidos à ressecção cirúrgica potencialmente curativa há pelo menos 2 anos e sem evidência de doença. MÉTODOS: Estudo desenvolvido no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP-HCFMUSP) em pacientes de ambos os sexos, com tumor primário de esôfago e estômago submetidos à gastrectomia e esofagectomia há pelo menos 2 anos, sem evidência de doença. Foram coletados dados de avaliação nutricional prévios à cirurgia e após 2 anos da intervenção, aferidas altura, peso atual, circunferência da panturrilha, calculada porcentagem de perda de peso e índice de massa corporal, aplicado questionário de avaliação nutricional subjetiva e realizado exames de bioimpedância elétrica e força da preensão manual. RESULTADOS: Incluíram-se no estudo 92 pacientes, 67,4% do sexo masculino, 70,7% idosos, 50,0% apresentavam estádio III e IV e 65,2% submetidos à gastrectomia (56,7% destes à gastrectomia total). A avaliação antes da cirurgia mostrou que 43,5% dos pacientes estavam em risco nutricional, destes, 27,5% eram desnutridos. Após o período de 2 anos, 32,6% dos pacientes estavam desnutridos. Através da avaliação objetiva, 50,0% apresentaram-se com déficit de massa magra pela circunferência da panturrilha e 42,7% pela bioimpedância elétrica. Déficit de força correspondeu a 20,7% da amostra. Não houve diferença estatisticamente significante nos pacientes que foram submetidos à gastrectomia ou esofagectomia. Houve diferença significativa comparando as variáveis do perfil nutricional e a classificação da idade, e a variável de déficit de força e o tipo de cirurgia (minimamente invasiva ou não). CONCLUSÕES: Pacientes submetidos à esofagectomia e gastrectomia devem ser avaliados quanto aos aspectos nutricionais no pós-operatório de longo prazo, pois além do avançar da idade, o tratamento cirúrgico realizado pode contribuir para a depleção da massa magra. A avaliação nutricional de rotina permite a identificação da perda de massa magra e direcionamento para suporte nutricional associado ao programa de exercícios físicos, o que possivelmente melhorará a qualidade de vida desses pacientes |