Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Meneses, Claudia Caroline Bosio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23156/tde-24022021-154422/
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Resumo: |
A papila apical representa uma fonte de odontoblastos primários, importantes durante a rizogênese. A instalação de um processo inflamatório na polpa pode evoluir para a necrose e interrupção da rizogênese. Dentre os mediadores envolvidos nestes processos inflamatórios estão os Endocanabinóides (ECbs) Anandamida (AEA) e 2-araquidonoilglicerol (2-AG), que podem modular diferentes funções celulares através da ativação dos receptores canabinóides (CB) 1 e 2, ou do receptor potencial transitório vanilóide 1 (TRPV1). O objetivo deste estudo foi investigar a expressão gênica de componentes do Sistema Endocanabinóide (ECS) e de TRPV1 em células-tronco de papila apical (stem cells of the apical papila, SCAPs), bem como o papel dos ECbs na modulação de funções celulares. SCAPs obtidas a partir de terceiros molares foram isoladas e estimuladas com LPS para avaliar a viabilidade celular, diferenciação, produção de citocinas e expressão gênica dos componentes do ECS, compondo as Fases 1 e 2 deste estudo. Na Fase 3, SCAPs foram tratadas com o antagonista de TRPV1 capsazepina (CPZ) e LPS. Na fase 4, SCAPs foram ativadas com os ECbs exógenos AEA e 2-AG para avaliar a viabilidade, diferenciação celular, produção de citocinas e a expressão gênica de marcadores de mineralização. Após 7 dias, não houve alteração na viabilidade de SCAPs após tratamento com LPS, mas ocorreu aumento na diferenciação celular no grupo tratado com LPS (0,1µg/mL), quando comparado ao grupo controle. Observou-se redução na produção de Osteoprotegerina (OPG) nos grupos estimulados com LPS a 0,1 e 10µg/mL e aumento de MCP-1 (Monocyte chemoattractant protein)/CCL-2 nos grupos com LPS a 1 e 10µg/mL, após 24h. A expressão gênica dos componentes do ECS e de TRPV1 foi observada em SCAPs, porém, não se observou expressão de CB1 e CB2. A ativação celular com LPS (10µg/mL) e CPZ não promoveu alteração na viabilidade celular (72h), diferenciação (14 dias) e produção de OPG e CCL-2 (24h), se comparados ao controle, independentemente do tratamento com CPZ. Os ECbs exógenos promoveram uma redução na viabilidade celular de maneira dose-dependente, porém, AEA não interferiu na diferenciação celular, independentemente de CPZ. Já 2-AG, em altas concentrações, inibiu a diferenciação celular. Não se observou diferença estatística na produção de RANKL (Receptor activator of nuclear kappa-B ligand) e TNF-? (Tumor Necrosis Factor Alpha) em nenhum grupo experimental. Houve aumento na produção de OPG nos grupos estimulados com AEA (com e sem LPS) e no grupo com 2-AG+LPS+CPZ. Ocorreu aumento na produção de IL-6 e CCL-2 nos grupos tratados com 2-AG, porém, não houve alteração nos grupos tratados com AEA. Observou-se redução na expressão de DMP-1 (Dentin matrix acidic phosphoprotein1) no grupo tratado com AEA e aumento da expressão de DSPP no mesmo grupo no período de 1 dia, comparado ao controle. Ocorreu aumento na expressão de TGF-?1 (Transforming Growth Factor ?-1) nos grupos tratados com AEA (com e sem CPZ) no período de 1 dia. Conclui-se que os principais componentes do ECS e TRPV-1 estão expressos em SCAPs, com exceção de CB1 e CB2. Em altas concentrações, os ECbs afetam a viabilidade e diferenciação de SCAPs. |