Análise de elementos potencialmente tóxicos em material biológico da Ilha da Trindade, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Theóphilo, Carolina Yume Sawamura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21137/tde-26112014-161310/
Resumo: A Ilha da Trindade está localizada a aproximadamente 1150 km da costa de Vitória-ES, é uma das ilhas oceânicas brasileiras e está sob o domínio da Marinha do Brasil. Desde o início de sua ocupação sofreu algumas influências antrópicas, como a derrubada de árvores e a introdução de animais (porcos e cabras). Os metais oriundos da costa ou de navios que passam pela região, estão em destaque entre os contaminantes ambientais que podem alterar o ecossistema da ilha. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi quantificar Al, As, Cd, Cu, Fe, Mn, Ni, Pb, Se, Zn e Hg em 300 amostras, compostas por músculo de duas espécies de caranguejo e de fígado e músculo de peixes (duas espécies) e aves (três espécies). Foram verificadas se existiam relações entre parâmetros biológicos (sexo, comprimento, peso), diferenças entre tecidos e entre os períodos de coleta. Nos caranguejos a concentração de Fe em G. lagostoma, e Zn em G. grapsus, foram maiores nos meses mais quentes, nos quais a atividade biológica é maior, sendo uma possível causa para maiores concentrações. Diferentemente dos caranguejos, a espécie M. niger (peixe) apresentou maiores concentrações (Al no músculo e Fe e Zn no Fígado) nos meses mais frios, as concentrações em peixes envolvem muitos fatores além da sazonalidade. Para ambas as espécies de peixes as concentrações de Fe e Zn foram maiores no fígado, assim como para P. arminjoniana (ave) as concentrações de Cu, Fe e Zn também foram maiores no fígado, como era esperado, pois, o fígado é um tecido com grande capacidade de acumular poluentes. Alguns elementos apresentaram correlações com o peso e/ou comprimento, porém todas muito baixas, com exceção do Zn em G. grapsus. Todas as análises de Hg realizada ficaram abaixo do limite de quantificação do método (17,7 µg kg-1). Os metais e semimetais apresentaram resultados semelhantes a estudos desenvolvidos em outras regiões.