Sobre os determinantes das taxas de juros dos títulos soberanos : um estudo em painel para os países emergentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cezarini, Victor Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-23112016-110904/
Resumo: O objetivo desse trabalho é analisar a influência que fundamentos internos e fatores externos exercem sobre a taxa de juros nominal dos títulos soberanos de longo prazo nos países emergentes. A base de dados engloba 13 países ao longo de 33 trimestres entre 2006 e 2014. A metodologia utilizada aborda as técnicas econométricas mais recentes para tratar dados macroeconômicos. O modelo estimado é o Pooled Mean Group desenvolvido por Pesaran, Shin e Smith (1999). O modelo consegue separar as variáveis que afetam o nível de equilíbrio da taxa de juros das que exercem efeito apenas no curto prazo. Na melhor especificação apresentada, os resultados indicam que as variáveis que causam flutuações de curto prazo na taxa de juros dos países emergentes são a taxa de juros livre de risco (+0,3), a taxa de curto prazo (+0,4) e o déficit do governo americano (+0,1). Já as variáveis que afetam o nível de equilíbrio são a taxa de juros livre de risco (+0,5), a aversão ao risco dos investidores (+0,1), o saldo em conta corrente (-0,3), a inflação (+0,1), a abertura econômica (-0,04) e a dívida bruta (efeito positivo não linear). Por fim, ao analisar exclusivamente o caso brasileiro, nosso modelo indica que se o país tivesse mantido os fundamentos internos em linha com a média dos outros emergentes desde o final de 2006, o Brasil iria chegar ao final de 2014 com uma taxa de juros nominal de longo prazo de 6,1%, 6 p.p. abaixo do valor efetivamente observado que foi de 12,1%.