Leitura recombinativa a partir do procedimento Go/no-go com estímulos compostos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Miklos, Mathias Levy de Wolinsk
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-10012024-184710/
Resumo: Estudos sobre leitura recombinativa, utilizando o procedimento Matching-to-sample, demonstraram que é possível ler com compreensão, sem treino direto, palavras formadas por diferentes combinações de unidades mínimas que compunham as palavras empregadas em treinos prévios. O presente estudo avaliou se o procedimento Go/no-go com estímulos compostos poderia produzir leitura recombinativa em crianças pré-escolares replicando o estudo de Gueiros e Debert (2020). Participaram do primeiro experimento cinco crianças com desenvolvimento típico com 4 e 5 anos. Seis conjuntos, totalizando 18 palavras, foram utilizados ao longo do experimento. Os estímulos utilizados foram palavras ditada (A), figura (B) e palavra impressa (C). Os Pré-testes avaliaram, por meio do procedimento Go/no-go com estímulos compostos, as relações BC, CB e CD. Depois os participantes passavam por um treino de discriminação condicional, com o mesmo procedimento, envolvendo as relações AB e AC. Após esse treino, foram conduzidos pós-testes para atestar a emergência de novas relações para o conjunto treinado e para os demais conjuntos de palavras. Com base nos resultados apresentados pelos participantes nos treinos e testes, não foi dada continuidade na sequência de fases que viriam após o Pós-teste do Conjunto 1 pois não atingiram o critério estabelecido para avançarem para as próximas fases de póstestes que seria a retomada dos Conjunto 6, 5, 4, 3 e 2. Considerando que o Experimento I não replicou os dados obtidos por Gueiros e Debert (2020) e que uma das diferenças entre os estudos foi o aumento na quantidade de pré-testes, foi realizado um segundo experimento no qual a quantidade de pré-testes foi reduzida. Participaram do segundo experimento duas crianças com desenvolvimento típico com 4 e 5 anos. Quatro conjuntos, totalizando 8 palavras, foram utilizados ao longo do segundo experimento. Ambos os participantes apresentaram altas porcentagens de acerto nos Pós-testes do Conjunto 1 após o Treino deste conjunto indicando o possível efeito da redução do número de pré-testes. Um dos participantes não deu continuidade na sua participação a pedido dos pais após finalizado o Pós-teste do Conjunto 1. O participante remanescente apresentou altas porcentagens de acerto também nos póstestes do Conjunto 2 após o treino deste conjunto. Portanto, foi possível verificar que a diminuição das tentativas de pré-teste do Experimento I para o Experimento II produziu um melhor desempenho nos pós-testes e, assim, a emergência das relações envolvendo as palavras dos Conjuntos 1 e 2 como demonstrado em estudos anteriores. Contudo, os resultados dos pós-testes envolvendo os Conjuntos 3 e 4 não demonstraram a emergência das relações BC, CB e CD e, assim, não foi possível verificar a produção de leitura recombinativa. Sugere-se que o mesmo procedimento seja realizado presencialmente para verificar a possibilidade de se estabelecer leitura recombinativa com o procedimento analisado.