Avaliação do BCG como adjuvante na imunoterapia específica para asmáticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Cohon, Andréa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-24042008-114300/
Resumo: O aumento da prevalência de doenças alérgicas como a asma, tem sido atribuído à falta de estímulos infecciosos. A atopia, que embasa as manifestações alérgicas, caracteriza-se por uma disfunção imune com predomínio da resposta do tipo Th2. Experimentos em modelos animais com micobactérias e seus produtos têm demonstrado resultados promissores na proteção e reversão de resposta imune do tipo Th2. A imunoterapia para alérgenos inalatórios tem mostrado resultados positivos e o uso do BCG como adjuvante poderia trazer benefícios adicionais. Em estudo randomizado duplo cego foram avaliados 21 indivíduos de ambos os sexos, com idades de 8 a 17 anos sensibilizados ao Dermatophagoides pteronissynus (Dpt) e portadores de asma leve ou moderada persistentes. Os pacientes foram divididos em dois grupos e tratados com imunoterapia específica (ITE) para Dpt. O Grupo A recebeu como adjuvante, no início da ITE, uma aplicação do diluente do BCG e o Grupo B uma dose da vacina BCG. Na avaliação realizada após o período de indução da ITE constatou-se nos dois grupos diminuição significativa dos sintomas, da necessidade de medicação para asma, da hiperreatividade brônquica inespecífica, da reatividade cutânea ao Dpt juntamente com a melhora da função pulmonar. Houve uma redução no índice de estimulação da cultura de células mononucleares do sangue periférico estimuladas com Dpt, acompanhada de uma elevação da IL-10 no sobrenadante e dos níveis da IgG específica para Dpt e da IgE total. Os eosinófilos, a IgE específica para Dpt do sangue e o óxido nítrico no ar exalado não se alteraram. Não houve diferença na comparação dentre os grupos, exceto na proliferação das células mononucleares do sangue periférico estimuladas com PPD, que foi maior no Grupo B. Conclusão: a ITE levou a resultados satisfatórios com melhora clínica e alterações imunológicas já ao final do período de indução. A avaliação do uso do BCG como adjuvante, não mostrou benefícios adicionais.