As repercussões do cuidar do idoso em quimioterapia oncológica na vida do familiar cuidador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Anjos, Anna Cláudia Yokoyama dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-14012011-093014/
Resumo: A quimioterapia antineoplásica apresenta efeitos adversos intensos, que afetam a qualidade de vida do paciente e trazem repercussões para o contexto familiar. No contexto nacional, um dos familiares acaba assumindo as funções de cuidador do idoso, nem sempre com preparo para essa atividade. Com essa perspectiva, este estudo teve o objetivo de analisar os sentidos atribuídos à experiência de ser cuidador do idoso com câncer submetido à quimioterapia pelo familiar. Empregamos o referencial teórico da antropologia interpretativa e o estudo de caso etnográfico como método. Participaram da pesquisa quatro familiares cuidadores de pacientes atendidos em duas instituições de saúde do interior do Estado de Minas Gerais. As informantes eram do sexo feminino, com idades variadas, sendo duas também idosas; duas eram filhas e as outras eram esposas dos pacientes; três se dedicavam às atividades domésticas e uma era cuidadora de idoso. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e de observações, nos domicílios das participantes; foram elaborados genogramas e ecomapas para visualizar suas redes sociais e familiares. Empregamos a análise temática indutiva para a identificação das unidades de sentidos, reunidas em três temas: a opção por ser cuidadora, o cuidado necessário ao idoso, a re-significação da vida do cuidador. A opção por ser a cuidadora decorreu da atribuição sociocultural à mulher, por disponibilidade ou por ser da área de saúde. Todas demonstraram falta de preparo para aplicar cuidados específicos às condições dos pacientes pelo tratamento; suas preocupações focalizavam principalmente a alimentação e a continuidade do tratamento, além de cuidados gerais. O cotidiano da vida das participantes foi totalmente alterado, ressaltando situações de conflitos ou aproximação dos familiares, solidão, estresse, perda do lazer, sobrecarga de tarefas e problemas financeiros. Os resultados mostram a importância da atenção do enfermeiro para o cuidado com o familiar cuidador do idoso em quimioterapia.