"Desinfecção da Dentina Radicular pela Irradiação dos Lasers de Nd: YAG e Er: YAG: um Modelo "in vitro""

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Cecchini, Silvia Cristina Mafra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23135/tde-30082001-094604/
Resumo: RESUMO Desinfecção da dentina radicular pela irradiação dos lasers de ND:YAG, HO:YAG e ER:YAG: um modelo in vitro A provável causa do insucesso da terapia endodôntica é a persistência de microrganismos colonizando os túbulos dentinários. Para reduzir o risco de insucesso e, se possível, o tempo despendido no tratamento endodôntico, novos equipamentos e materiais são constantemente desenvolvidos. O objetivo desta investigação foi estudar o efeito da irradiação laser intracanal na desinfecção dos túbulos dentinários de dentes bovinos recém-extraídos, utilizando-se um modelo in vitro. Os grupos irradiados pelos vários lasers foram comparados ao tratamento com hidróxido de cálcio, freqüentemente utilizado como medicação intracanal. O cemento radicular foi removido, o canal preparado e os dentes, cortados, resultando em 180 corpos de prova padronizados. Para promover a colonização bacteriana, os corpos de prova foram incubados, a 37 o C, em frascos contendo caldo de tripticase de soja e Enterococcus faecalis, o qual continha um plasmídeo que permitiu o seu crescimento em um meio seletivo com cloranfenicol. Os corpos de prova foram divididos em cinco grupos experimentais e três grupos-controle. Para irradiação foram utilizados os lasers pulsados de: Ho:YAG a 2,1 µm; Nd:YAG (1,06 µm); e Er:YAG (2,94 µm) com e sem refrigeração ar/água. Os grupos tratados receberam três parâmetros diferentes de irradiação com cada tipo de laser: energia abaixo do limiar de modificação física (physical modification threshold - ½ do PMT) por 60s; no limiar (PMT) por 60s; e, acima do limiar (120s). O Grupo 5 recebeu sete dias de tratamento com hidróxido de cálcio. Como controles, três espécimes para cada grupo receberam água estéril (controle negativo), três receberam KI3, após exposição à bactéria (controle negativo) e três não receberam tratamento após exposição à bactéria (controle positivo). A quantidade de bactérias foi estimada mediante a contagem de unidades formadoras de colônias (u.f.c.). De modo a avaliar, paralelamente, se os comprimentos de onda laser utilizados no experimento poderiam ser absorvidos pelo E. faecalis, foram obtidos espectros de absorção no UV, VIS e IR, por meio de espectroscopia. A análise estatística mostrou uma redução bacteriana como segue: Ho:YAG > hidróxido de cálcio > Nd:YAG > Er:YAG com refrigeração ar/água > Er:YAG sem refrigeração ar/água. Houve uma significativa redução bacteriana no grupo irradiado pelo Ho:YAG no limiar de modificação – PMT (50 mJ, 10 Hz, 66 J/cm 2 , por 120s), seguida pelo Ho:YAG a 50 mJ, 10 Hz, 33J/cm 2 , por 60s e pelo grupo que recebeu hidróxido de cálcio. Os dois últimos grupos não apresentaram diferenças estatísticas significativas. O espectro de absorção pelas bactérias (E. faecalis) nas faixas dos comprimentos de onda do UV e VIS apresentou picos de absorção em 361 nm e em 377 nm (UV). Já o infravermelho próximo revelou uma baixa absorção pelo microrganismo testado.