Avaliação anatomofuncional do sistema genital de fêmeas bubalinas (Bubalus bubalis), e suas implicações na múltipla ovulação e transferência de embriões

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Carvalho, Nelcio Antonio Tonizza de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-29032007-155209/
Resumo: Para aferir as prováveis causas da baixa taxa de recuperação de estruturas embrionárias em búfalas superovuladas, foram realizados 4 experimentos. No Exp.1, foram utilizados sistemas genitais de búfalas e de vacas tratadas para a indução de ovulações única ou múltipla (fatorial 2x2). Os sistemas genitais foram submetidos à morfometria, os ovidutos foram lavados para a recuperação dos oócitos e, posteriormente, foram encaminhados à histologia. A taxa de recuperação de oócitos e o volume dos ovários foram maiores para as vacas que para as búfalas (P<0,05). A área das fímbrias foi maior para as búfalas que para as vacas (P<0,05). As camadas musculares do infundíbulo e do istmo foram mais espessas para as búfalas que para as vacas (P<0,05) e, na ampola, não foi verificado diferença nesta medida entre as espécies (P>0,05). No Exp.2 foram utilizados ovidutos de búfalas e de vacas, tratadas para a indução de ovulação única. Os ovidutos foram abertos, colocados em meio de cultura com ou sem E2 (fatorial 2x2) e incubados por 30 minutos. Após o período de incubação, foram colocadas microesferas na superfície dos ovidutos para a aferição do movimento ciliar. As microesferas no infundíbulo direcionaram-se para o útero (P>0,05). Na ampola, direcionaram-se para o útero e para o ovário (P>0,05). No istmo das vacas, direcionaram-se para o ovário e no das búfalas, para o útero (P<0,05). A presença de E2 no meio de cultura não interferiu na direção do deslocamento das microesferas em nenhuma porção dos ovidutos de búfalas e de vacas. No Exp.3 foram utilizados ovidutos de búfalas e de vacas tratadas para a indução de ovulação única. Os ovidutos foram colocados em meio de cultura com ou sem E2 e receberam oócitos de búfalas ou de vacas (fatorial 2x2x2). Posteriormente, foram incubados por 24 horas e, após isso, foram lavados para a recuperação e contagem dos oócitos. O número e a taxa de recuperação de oócitos foi maior para as vacas que para as búfalas (P<0,05) e, estas variáveis não foram influenciadas pelo tratamento (P>0,05). Não foi verificada diferença no número de oócitos de búfalas ou de vacas recuperados (P>0,05). Os dados são indicativos de que o transporte de oócitos pelo oviduto de búfalas e de vacas independe da espécie do oócito e não é influenciado pelo E2. No Exp.4, búfalas e vacas foram tratadas para a indução de ovulações única ou múltipla. As fêmeas foram inseminadas e submetidas à laparotomia para a inserção no interior do oviduto de oócitos de búfalas ou de vacas (fatorial 2x2x2). Os sistemas genitais foram lavados 5 (oócitos de búfala) e 6 dias (oócitos de vaca) após a laparotomia para a recuperação das estruturas embrionárias. O número de estruturas embrionárias recuperadas foi maior para as vacas que para as búfalas (P<0,05) e, o número e a taxa de recuperação de estruturas embrionárias não foram influenciados pelo tratamento ou pela espécie dos oócitos (P>0,05). A espécie dos oócitos e o tratamento parecem não influenciar no transporte dos oócitos pelos ovidutos de búfalas e de vacas