Mapeamento de redes em SIG: proposta de otimização do tempo de viagem da população rural aos serviços de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ferreira, Ricardo Vicente
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-28052012-093407/
Resumo: A distância e o tempo de viagem são elementos de importância para a avaliação do acesso aos serviços de saúde, esta é uma questão que para a população do campo tem uma importância especial devido às particularidades geográficas do espaço rural. A presente pesquisa tem como objetivo desenvolver uma metodologia de mapeamento da rede de rodovias rurais com indicações de impedâncias de viagem, utilizando-se para isso dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e tendo em vista a otimização do traslado da população rural aos serviços de saúde. A orientação teórica se apóia no conceito de distância na Geografia e em concepções sobre a medida da acessibilidade e mobilidade espacial. Faz-se uma ampla observação das abordagens e metodologias voltadas ao estudo da acessibilidade geográfica das populações rurais aos serviços de saúde, sobretudo, as que tratam de fatores espaciais e fazem uso dos SIG. Dados relativos às classes de rodovias rurais, declividade da paisagem, sinuosidade, visibilidade e uso da terra, são considerados na composição de uma síntese de impedâncias. A avaliação toma como parâmetro o tempo de viagem por veículo automotor e as medidas se fazem com base na rede rodoviária ponderada por impedâncias. A população rural e as unidades de atendimento à saúde são os referencias para a avaliação da acessibilidade geográfica. A metodologia foi aplicada à Microrregião de Registro (SP) e os resultados indicam que a velocidade nos percursos muda de acordo com os atributos associados às rodovias, sendo as estradas locais nãopavimentadas as que apresentam maior variabilidade para a geração de condições ótimas de viagem. A distribuição espacial dos serviços de saúde reflete na acessibilidade geográfica e algumas regiões são mais penalizadas no acesso aos serviços hospitalares. O modelo aqui apresentado orienta à montagem de um SIG para a análise da acessibilidade da população rural aos postos de saúde e hospitais e atende a duas principais aplicações: (i) o apoio ao planejamento da viagem da população rural aos postos de atendimento à saúde; (ii) e auxílio em facilitar o acesso da população rural às consultas e atendimento de ocorrências emergenciais, pela aplicação de recursos de análise de rede, tais como: caminho mínimo, matriz de origens-destinos e área de serviço. Ambas as aplicações poderão resultar num melhoramento do planejamento das áreas de influencia dos centros de saúde na região rural.