Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Marino, Renan Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-28082023-104217/
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Resumo: |
Os retardantes de chama são compostos que envolvem um grupo diversificado de produtos químicos adicionados a materiais manufaturados, como plásticos, acabamentos de revestimento e têxteis. Estes compostos previnem que incêndios se alastrem rapidamente, salvando vidas e diminuindo os danos causados. A falta de regulamentação em muitos países abre espaço para que retardantes como os Éteres difenílicos bromados (BDEs), sejam utilizados. Os BDEs revelaram várias preocupações relacionadas à sua persistência e toxicidade, resultando em uma necessidade crescente de substituição devido a seus mecanismos tóxicos tanto para humanos, quando para o ambiente. O uso de retardantes de chama livres de halogênio (HFFR) aumentou como uma alternativa mais segura, porém poucas informações estão disponíveis sobre o potencial tóxico da classe. Neste estudo, o retardante de chamas alternativo dietil fosfinato de alumínio (ALPI) foi analisado e comparado diretamente com um dos congêneres dos BDEs, o BDE-47, conhecido por sua alta toxicidade e potencial bioacumulativo. Os ensaios conduzidos buscaram comparar e avaliar diversos parâmetros entre estes dois retardantes, utilizando peixe-zebra (Danio rerio) em sua fase inicial de desenvolvimento, como organismo modelo e método alternativo ao uso de animais adultos. Ensaios de toxicidade aguda até 96hpf (horas pós fertilização) demostraram efeitos sub-letalidade para para o BDE-47 e, em contrapartida, não foram observados efeitos para o ALPI. Para os ensaios comportamentais e neurotóxicos foi realizado um teste de movimentação espontânea embrionária e avaliação da atividade da acetilcolinesterase (AchE), respectivamente. Tanto ALPI quanto BDE-47 não apresentaram variações significativas. Por fim, foi realizado a avaliação de biomarcadores de estresse oxidativo, com objetivo de identificar efeitos precoces. Foram analisados as ativides das enzimas glutationa s-transferase (GST) e catalase (CAT) e também a peroxidação lipídica (LPO). Foi observado que ambos retardantes aumentam a produção de espécies reativas de oxigênio, devido a um aumento na atividade da CAT, porém, nas concentrações testadas, não houve aumento da peroxidação lipídica, sendo o sistema antioxidante do organismo suficiente para impedir danos celulares. Este estudo pode concluir que o ALPI se mantém como um bom candidato à substituição de retardantes de chama mais tóxicos. |