Marcadores moleculares e variabilidade genética em búfalos do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Albuquerque, Maria do Socorro Maués
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17135/tde-14082024-160451/
Resumo: O conhecimento da variabilidade genética é de fundamental importância para elaborar estratégia de conservação e melhoramento animal. Devido a uma redução no efetivo populacional, dois grupos genéticos de búfalos existentes no Brasil são considerados ameaçados de extinção e vêm sendo mantidos no Banco de Germoplasma Animal da Amazônia - BAGAM, da Embrapa Amazônia Oriental na Ilha do Marajó, no Pará. Dentro deste contexto, foram caracterizados geneticamente os grupos Carabao e Baio que estão sendo conservados, assim como os grupos Murrah, Jafarabadi e Mediterrâneo, considerados comerciais. Dois tipos de marcadores moleculares, RAPD e microssatélites, foram utilizados para analisar, respectivamente, 233 e 382 bubalinos amostrados em 12 rebanhos dos Estados do Pará, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul e do Distrito Federal. O DNA genômico foi extraído dos linfócitos. Um total de 98 marcadores RAPD foi gerado com bandas variando de 344 a 2036 pb a partir da amplificação de amostras utilizando 21 primers de 10 - mers. Para esses marcadores a análise de variância molecular (AMOVA) dos cinco grupos estimou a variabilidade genética entre e dentro dos desses grupos em 26,5% e 73,5%, respectivamente, sugerindo uma divergência genética significativa (P<0,0001) entre eles. Para a genotipagem dos locos microssatélites, utilizaram-se sistemas multiplex e fluorescentes, sendo a eletroforese realizada em um seqüenciador automático modelo ABI 3100. Com base nas freqüências alélicas para 13 locos microssatélites, foi possível caracterizar a diversidade dos bubalinos tendo por base os seguintes resultados: foi detectado um total de 121 alelos, variando de quatro a treze por loco, com média igual a 9,31. As médias para o Conteúdo de Informação Polimórfica (PIC) e a Heterozigosidade esperada (HE) foram, respectivamente, 0,624 e 0,656. A análise de variância molecular (AMOVA), baseada nos dados com microssatélites, estimou a variabilidade genética entre e dentro dos grupos em 12,27% e 87,73% respectivamente. Esses resultados confirmam uma divergência genética significativa (P<0,0001), já encontrada nas análises com RAPD. Portanto, a combinação dos resultados obtida pelas duas metodologias, permite concluir que tanto os marcadores RAPD como os microssatélites podem ser usados com eficiência para a quantificação da variabilidade e da diferenciação de grupamentos genéticos de búfalos no Brasil. Conclui-se, também, que os cinco grupos genéticos estudados podem ser considerados populações geneticamente distintas, reforçando a necessidade de conservação dos grupos Carabao e Baio.