Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Raifur, Léo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-13032014-164618/
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Resumo: |
Pequenas e médias empresas (PMEs) cumprem um importante papel no desenvolvimento econômico e social das nações: geram riquezas, empregos e produzem inovação. Empresas como Apple® e Microsoft®, maiores do mundo na atualidade, já figuraram na dimensão dessas empresas. Entretanto, compreender a dinâmica desse universo empresarial tem se revelado um desafio para a pesquisa acadêmica. No contexto mundial constata-se que em torno de 25% das empresas nascentes sobrevivem menos de dois anos e, em torno de 50%, menos de cinco. O objetivo desta Tese consistiu em identificar e testar os fatores que determinam a sobrevivência e o desempenho de PMEs. A amostra foi formada por 410 empresas da região centro-sul do Estado do Paraná, sendo 74 empresas inativas (não sobreviventes) e 336 ativas (sobreviventes). A medida de desempenho resultou de oito indicadores, e foi testada sob três modalidades: a) sobrevivência versus não sobrevivência; b) grupos: não sobreviventes, sobrevivência marginal e alto desempenho, e; c) desempenho como variável contínua. As variáveis independentes foram distribuídas em oito dimensões: capital humano, capital social, características gerenciais, condições do ambiente, características organizacionais, motivação e percepção do risco, demografia pessoal e tamanho que, por sua vez, formaram as oito hipóteses declaradas no estudo. As inferências foram realizadas no contexto de cada uma das dimensões e em relação ao conjunto geral, mediante utilização das estatísticas análise fatorial, regressão linear múltipla e regressão logística. Das oito dimensões, seis (capital humano, capital social, características gerenciais, condições do ambiente, características organizacionais e tamanho) apresentaram pelo menos um indicador influente, e tiveram a hipótese nula rejeitada. A maior densidade nas evidências foi apresentado pelo modelo logístico geral (R2 = 75%) onde o suporte governamental, experiência ocupacional, capital social, sazonalidade e a qualificação dos empregados foram os indicadores que apresentaram maior poder discriminatório, demonstrando que as chances de sobrevivência de PMEs aumentam com a melhora desses fatores. Pelo modelo multinomial (R2 = 80%) constatou-se que o planejamento antes da abertura da empresa, a disponibilidade de recursos, o acesso ao crédito e as fontes e os custos de financiamento de curto prazo apresentaram maior capacidade de discriminação, demonstrando que o empobrecimento e a deterioração das características gerenciais e de fatores de capital social diminuem a probabilidade da empresa sobreviver ou de obter elevado desempenho. Na regressão linear (R2 = 42%) a qualificação dos empregados (32%) e o suporte governamental (22%) melhor explicaram o desempenho de PMEs. Constatou-se, ainda, que aproximadamente 35% das variáveis influentes estão associadas com a fase anterior à abertura da empresa, como: planejamento ou plano de negócio, experiências e disponibilidade de capital. |