Avaliação da percepção do paladar em pacientes com doença renal crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gimenes, Janaina Perez Novas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-09092021-133641/
Resumo: Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é reconhecida como um problema global de saúde pública. De acordo com o estadiamento da DRC é determinado o tipo de tratamento: conservador ou terapia renal substitutiva. Vários estudos na literatura sugerem que pacientes com DRC apresentam alteração de paladar para um ou mais dos cinco sabores básicos (doce, salgado, amargo, azedo e umami) quando comparados com indivíduos saudáveis. Assim, esclarecer a percepção do paladar e sua relação com o estado nutricional na doença renal crônica pode possibilitar novas estratégias de intervenção nutricional, visando a recuperação do estado nutricional neste grupo. Objetivo: Avaliar as percepções do paladar em pacientes com Doença Renal Crônica e sua relação com ingestão alimentar e estado nutricional. Métodos: Estudo de caráter observacional transversal com pacientes de idade entre 18 a 60 anos, ambos os sexos, em tratamento conservador, hemodiálise ou diálise peritoneal e um grupo controle saudável. Todos passaram por avaliação antropométrica, de composição corporal e funcionalidade muscular. Realizaram também um teste de percepção do paladar para os cinco sabores básicos. Para os pacientes com DRC, foram analisados os exames bioquímicos. Resultados: Os indivíduos com DRC apresentam capacidade reduzida no reconhecimento de todos os sabores quando comparados a pessoas sem a doença. Os sabores mais prejudicados no reconhecimento foram azedo, amargo e umami. Não houve diferença na percepção de paladar nos diferentes tipos de tratamento da DRC. Todos os pacientes com DRC apresentam sinais e sintomas que interferem na ingestão alimentar, sendo que aqueles que realizavam hemodiálise evitavam com maior frequência a ingestão de alguns alimentos. Em relação ao estado nutricional, a maioria dos pacientes apresentou Índice de Massa Corporal de eutrofia, entretanto 69% apresentavam aumento de circunferência da cintura indicando acúmulo de gordura na região abdominal. Isso se confirma na análise da bioimpedância, onde todos os grupos com DRC apresentavam maiores taxas de Massa Livre de Gordura e menores índices de Massa Gorda. Não houve correlação entre o estado nutricional e o paladar. Conclusão: Os pacientes com DRC apresentam diferenças na percepção do paladar quando comparados com pessoas sem a doença. Apresentam também maiores taxas de gordura corporal quando comparados com indivíduos saudáveis. Não houve correlação do estado nutricional com a percepção de paladar.