Um campeão na política: Jorge Gerdau e sua relação com o governo Dilma Rousseff (2011-2016)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pereira, Fellipe Matheus Bernardino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-21062024-160209/
Resumo: Uma consistente bibliografia em Ciência Política estuda a relação dos empresários brasileiros com o Estado. São trabalhos interessados em acessar com que eficácia os empresários, em geral organizados em grupos de interesses, conseguem fazer valer suas reivindicações na política. O envolvimento de Jorge Gerdau, do setor siderúrgico, com o primeiro governo Dilma (2011-2014), quando funcionou a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade (CGDC), presidida pelo empresário, é uma oportunidade de estudar esses tópicos de um ângulo distinto - o papel de uma liderança empresarial na política. Por esse órgão passaram importantes políticas econômicas que marcaram os anos Dilma. Em linhas gerais, o norte dessas políticas foi elevar a participação dos investimentos na economia brasileira. Com isso, a CGDC estava situada num projeto maior, de natureza produtivista, voltado a favorecer a reindustrialização da economia brasileira por meio da indução do Estado. Apesar da proximidade experimentada pelo empresário com a presidente, que implementou políticas condizentes com suas reivindicações, uma ruptura foi verificada em abril de 2014. Por que a mudança? O trabalho consiste numa análise processual, periodizando a trajetória de Jorge Gerdau entre 2011 e 2016, para compreender o que levou ao fim de sua aliança com o governo Dilma. Para isso, a pesquisa valeu-se de entrevistas semi-estruturadas, análises de material de imprensa, análises de discursos do empresário e da presidente Dilma e análises documentais para entender a trajetória da relação entre os dois atores. Jorge Gerdau rompeu com o governo Dilma para acompanhar um movimento mais amplo, unindo o empresariado brasileiro, que a partir de 2013 passou a opor-se frontalmente à presidente eleita em 2010 e reeleita em 2014