Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Souza, Natália Antunes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-04112024-090613/
|
Resumo: |
Justificativa: Foram observados no hospital do estudo recorrentes eventos de deterioração clínica aguda dos pacientes em unidades de internação, o que gerava transtorno na equipe de enfermagem, bem como para as unidades que recebiam esses pacientes após as intercorrências. Objetivo: Avaliar o impacto de um programa de melhoria da qualidade nas paradas cardiorrespiratórias e transferências não programadas de urgência para unidade de terapia intensiva em uma unidade de internação. Método: Trata-se de um estudo de intervenção, do tipo antes e depois da implementação de um Programa de Melhoria de Qualidade, utilizando ciclos PDSA. O estudo foi realizado em uma Unidade de Internação Mista (clínica e cirúrgica) de um hospital filantrópico terciário do município de Londrina, Paraná, que faz parte de um complexo de três hospitais de uma instituição filantrópica. A população do estudo foi composta por toda a equipe de enfermagem que atuava na unidade de internação em estudo. Para a análise das intervenções foi necessário coletar dados de prontuários eletrônicos dos pacientes. Inicialmente realizamos o procedimento de coleta de dados retrospectivos, para diagnóstico situacional relacionado aos pacientes que sofreram PCR ou transferência de urgência para UTI, internados na unidade do estudo. Os dados foram transcritos para o instrumento oficial de coleta de dados. A rotina de verificação dos sinais vitais da instituição foi mapeada e transcrita em um fluxograma. Para identificar o ponto de vista da equipe de enfermagem em relação a deterioração clínica aguda e PCR na unidade, foi realizado um Brainstorming. Foi estabelecida uma equipe de melhoria que elaborou um diagrama direcionador, com ideias de mudança para realizar ciclos PDSA. Foram planejados cinco ciclos PDSA. O primeiro em relação ao processo de verificação da FC e FR; o segundo, relacionado ao processo de verificação da PA; o terceiro PDSA foi sobre o processo de verificação da SpO2 e avaliação do nível de consciência; o quarto, foi a atualização do programa de registro dos sinais vitais e demais indicadores fisiológicos e o ultimo a apresentação e utilização do MEWS. Durante o período do estudo também foram realizados 6 ciclos de treinamentos para equipe de enfermagem. Resultados: No ano de 2022, 24 pacientes sofreram PCR ou transferências não programadas de urgência para UTI (Gráfico 1), sendo 16 (66,7%) do sexo masculino e oito (33,3%) do feminino; média de idade de 71,6 anos ± 11,51 (mínimo:43; máximo:88). Destes, cinco (20,8%) sofreram PCR com retorno da circulação espontânea/UTI, nove (37,5%) PCR sem retorno da circulação espontânea (óbito) e 10 (41,7%) transferência não programada para UTI/ sem PCR, dados que foram apresentados a equipe de enfermagem da unidade. Entre os resultados do brainstorming as principais causas, de deterioração apontadas pela equipe, por porcentagem acumulada, foram relacionadas às alterações hemodinâmicas, falta de atenção e de treinamento. Foi identificada dificuldade na verificação da FR e no PDSA relacionado, testamos o uso de relógios nas paredes dos quartos da unidade. Foi atualizado o manual técnico de verificação dos sinais vitais do hospital, e o programa de registro dos sinais vitais e indicadores fisiológicos. No ano de 2023, dez pacientes sofreram deterioração clínica com necessidade de transferência para UTI ou PCR, o que representa 0,69% do total de pacientes que passaram pela unidade do estudo. Quando comparado ao ano de 2022, observou-se uma redução. Os valores do MEWS de pacientes que sofreram deterioração clínica aguda, foram crescentes nas 48 horas anteriores ao evento. Conclusão: Com base nos resultados do estudo, o projeto de melhoria baseado na metodologia do IHI demonstrou ser eficaz para processos envolvendo deterioração clínica aguda em unidades de internação, facilitando o processo de adesão de rotinas pelos profissionais. |