Comparação entre parâmetros de composição corporal no estudo da associação entre obesidade e valores espirométricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ishikawa, Caren
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-11022020-145511/
Resumo: Introdução: A obesidade é uma epidemia mundial e um problema de saúde pública. Apesar da obesidade ser fator de risco para diversas doenças metabólicas, cardiovasculares e pulmonares, como a asma, o excesso de adiposidade, mesmo na ausência de doenças, é responsável pela diminuição da função pulmonar. A função pulmonar diminuída é preditora de mortalidade e fator de risco para doenças em diversos estudos epidemiológicos. Diversos estudos tentam elucidar a associação entre obesidade e função pulmonar, entretanto alguns estudos demonstraram pouca associação ou achados conflitantes sobre a relação da obesidade abdominal e a função pulmonar, o que poderia ser explicado por amostras pequenas, desenhos de estudo transversais e populações restritas a grupos específicos. Objetivos: Avaliar a associação entre parâmetros de composição corporal com os valores espirométricos, comparando desde medidas simples de obesidade geral, como o índice de massa corporal (IMC), obesidade central, como a circunferência abdominal e razão cinturaestatura (RCE), até medidas mais precisas de composição corporal, como a absorciometria por raios-x de dupla energia (DXA) e a pletismografia por deslocamento de ar (BOD POD). Metodologia: Estudo observacional, transversal, a partir de amostra da coorte de nascimento de 1978 realizada na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, composta de 1746 participantes da 5? etapa do estudo. Foram realizadas regressões lineares simples e ajustadas para avaliar a associação entre o IMC, a circunferência abdominal, a razão cintura-estatura, a porcentagem de massa gorda pelo BOD POD e pelo DXA e as medidas espirométricas: o volume expiratório no 1?segundo (VEF1), a capacidade vital forçada (CVF), o fluxo expiratório forçado entre 25-75% da CVF (FEF25-75%) e o pico de fluxo expiratório (PFE). Resultados: Foram observadas associações negativas entre a maioria das medidas corporais e o VEF1 e a CVF em ambos os sexos, com maior impacto no sexo masculino. Entretanto, não houve superioridade dos métodos mais modernos de composição corporal em comparação a medidas mais simples, como a relação cintura-estatura, nessas associações. Diferentemente de estudos anteriores acircunferência abdominal apresentou associação com a função pulmonar somente após ajuste para estatura. Conclusões: Foi possível observar que há associações negativas entre as medidas antropométricas do estudo e de composição corporal com as variáveis espirométricas CVF e VEF1, sendo elas mais proeminentes no sexo masculino. Observamos, também, que na associação entre obesidade e função pulmonar, medidas mais simples como RCE, são equivalentes a medidas mais sofisticadas de composição corporal, como o BOD POD e o DXA. O ajuste para altura como confundidor, comum em trabalhos de função pulmonar e obesidade, poderia ser revisto em futuros estudos.