Uso de soro de leite para obtenção de esporos de Bacillus atrophaeus ATCC 9372 e de biossurfactantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lourencini, Larissa Salles de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9135/tde-17122014-083552/
Resumo: Aproximadamente 85% do leite utilizado para manufatura de queijos é descartado em forma soro, um subproduto com alto valor nutricional, que, embora seja usado na alimentação animal, como fertilizante e em suplementos alimentares, é considerado um poluente ambiental quando descartado em efluentes sem o devido tratamento. No Brasil, 40% do soro de leite produzido pelas indústrias de laticínios são descartados como efluentes sem tratamento adequado e, uma alternativa de melhor aproveitamento é a sua utilização como meio de cultivo alternativo para obtenção de micro-organismos e biomoléculas de interesse farmacêutico e industrial. Esporos de Bacillus atrophaeus são amplamente utilizados como bioindicadores para esterilização, e também são conhecidos por expressar biossurfactantes, que possuem potencial atividade antimicrobiana e anti-adesiva. Devido a sua importância e ampla aplicabilidade, estudos que viabilizem a obtenção deste micro-organismo e seus subprodutos devem ser melhor explorados. O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização de soro de leite como meio de cultivo para obtenção de esporos de B. atrophaeus e de biossurfactantes, como forma de reaproveitamento do que seria descartado. B. atrophaeus foi cultivado em meios contendo de 2,5g/L a 40 g/L de carboidratos expressos em soro de leite, a 37°C por 24 horas, 3 e 6 dias, em meios líquido (em água) e sólido (1% ágar). Foram determinados a biomasssa celular, a concentração de biossurfactantes e a resistência térmica dos esporos obtidos. Para o cultivo de 20g/L em meio líquido, a biomassa de 0,59 (± 0,24) g/L, expressou 30,0 (± 1,40) mg/L de biossurfactantes, o que corresponde a população de 4,8*108 esporos/mL e valor D = 2,73 min. Em meio sólido, em 20g/L, a biomassa de 0,65 (± 0,01) g/L, expressou 48,1 (± 2,84) mg/L de biossurfactantes, o que corresponde a população de 2,0*108 esporos/mL e valor D = 1,50 min, valor similar ao cultivo em PCA de no qual a biomassa de 1,22 (± 0,01) g/L, expressou 59,3 (± 0,4) mg/L de biossurfactantes, o que corresponde a população de 4,6*108 esporos/mL e valor D = 1,20 min. Os resultados demonstram a viabilidade do uso de soro de leite como meio para crescimento e esporulação de B. atrophaeus e biossurfactantes, podendo ser reaproveitado para obtenção de produtos de interesse farmacêutico e industrial.