Sociedade da aprendizagem: uma experiência visual, divertida e fabulada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Farias, Bruno da Mata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-20072020-193323/
Resumo: Analisamos e problematizamos, neste trabalho, a ordem discursiva relativa à sociedade da aprendizagem, que enfatiza a experiência do aprender contínuo como modo de vida dos sujeitos na contemporaneidade. Destacamos o papel dos dispositivos audiovisuais educativos, tais como, o cinema, a TV e as plataformas online, na forja de uma sociedade ancorada na visualidade. Chamamos tais dispositivos de governamentalidade audiovisual educativa. Para tanto, operamos com o arquivo de animações educativas produzido no decorrer dos últimos cinquenta anos pelo Ministério da Educação, abarcando, portanto, desde as produções audiovisuais do Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE) à TV Escola. Nesse percurso, evidenciamos o acontecimento de discursos oficiais que ratificaram a sociedade da aprendizagem, como os trabalhos de Edgard Faure (1973), Aprender a ser: La Educación del futuro e de Jacques Delors (1996), Educação um tesouro a descobrir: Relatório para UNESCO da Comissão Internacional sobre educação para o século XXI. Na esteira do pensamento de Michel Foucault e de Georges Didi-Huberman, traçamos a regularidade das imagens e das enunciações discursivas presente no arquivo supracitado, compreendendo que as sociedades da aprendizagem são forjadas pela experiência da educação animada. Ou seja, nas animações educativas, o conteúdo curricular é adensado em torno da ideia de diversão, descontração e espontaneidade, sendo experimentado em qualquer situação, meio e lugar/ambiência, não necessariamente no espaço institucional da escola