Avaliação da cicatrização cutânea: fluorescência e estereologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Gondim, Roberta Marinho Falcão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-29102012-161842/
Resumo: Objetivos: Recentemente, a Espectroscopia de Fluorescência (EF) tem sido estudada como método de análise de propriedades da pele de forma nãoinvasiva e em tempo real, utilizada em uma variedade de aplicações, incluindo avaliação e diagnóstico do tecido in vivo. Contudo, na cicatrização da pele, essa técnica não tem sido completamente explorada. Visto que a determinação da idade de uma lesão é um aspecto importante na medicina forense, esse trabalho tem por objetivo testar a aplicabilidade da medida da Intensidade de Fluorescência (IF) após o uso de metil-aminolevulinato (MAL) na estimativa da idade de lesão incisa, através da EF ao longo do tempo e fazer a correlação desta com os achados histológicos. Materiais e Métodos: Foram utilizados camundongos hairless como modelo experimental. Os animais foram divididos em dois grupos: com (+) e sem (-) o uso de MAL antes da EF. Incisões cirúrgicas lineares foram realizadas no dorso de cada animal. Espectros na faixa de 480 e 800 nm foram coletados da lesão e da pele normal adjacente, usando o sistema Ocean Optics, correspondendo a quatro condições: a) IF da lesão após MAL (+/+); b) IF da pele normal após MAL (-/+); c) IF da lesão sem MAL (+/-) e d) IF da pele normal sem MAL (-/-). Após a cirurgia, os animais foram monitorados periodicamente até 3 meses de pós-operatório e eutanaziados em grupos. Fragmentos de pele, contendo todo o ferimento, foram removidos e processados para análise histológica por métodos estereológicos. Vários cortes histológicos foram analisados para avaliar a organização da derme e da epiderme, deposição de colágeno e proliferação celular (imunoistoquímica por PCNA). Resultados: Nas fases iniciais da cicatrização, a EF in vivo mostrou acúmulo preferencial de protoporfirinas na lesão com uso de MAL (+/+), quando comparado à pele normal adjacente (-/+). Contudo, nas fases avançadas, ocorreu o inverso. Houve uma diferença estatisticamente significante neste grupo (+/+) ao longo do tempo (p < 0,0001), o que não aconteceu com os demais ((-/+); (+/-) e (-/-)). O modelo apresentado permitiu a estimativa da idade de lesão incisa no intervalo de dois meses, sendo possível estimar a fase de cicatrização em que esta se encontra. Achados histológicos confirmaram as fases da cicatrização, mostrando correlação com os achados de fluorescência. Conclusão: Os resultados mostraram que a técnica de EF usando MAL é um método promissor na análise dos estágios da cicatrização da pele