A espera e o recuo: a tolerância de paradoxos na clínica psicanalítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Flores, Davi Berciano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-13092021-151622/
Resumo: Este trabalho visa tecer uma trama teórico-clínica tomando como operador de leitura o conceito de tolerância de paradoxos, levando em consideração e expandindo os seguintes eixos teóricos: as inspirações do movimento romântico para a psicanálise, os primórdios das descobertas técnicas de Freud e a expansão epistemológica destas por Bion. Os conceitos dentro deste escopo, advindos de cada ponto de observação, serão trançados no intuito de apresentar para o leitor uma articulação dialógica e transitiva. O resultado deste exercício consiste em um desenho de progressivas evoluções na observação da tolerância de paradoxos na clínica psicanalítica, tanto a partir dos arcabouços teóricos dos autores, quanto do estados de mente em \"atenção uniformemente flutuante\" de Freud e \"sem memória, sem desejo e sem necessidade de entendimento\" de Bion. Levando em conta que um trabalho teórico sobre a teoria da técnica não pode prescindir do trabalho implicado, foram apresentadas três \"lâminas clínicas\", recortes espaço-temporais distintos da experiência psicanalítica, de modo que a teoria da técnica e, mais especificamente, a observação da tolerância de paradoxos, possam ser analisadas de diferentes vértices, permitindo que os conceitos levantados se atualizem em cada experiência