Resistência de biótipos de Euphorbia heterophylla L., Bidens subalternans L. e Brachiaria plantaginea (Link) Hitchc. a herbicidas utilizados na cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill)

• Ano de defesa: 2001
• Autor(a) principal: Gelmini, Gerson Augusto
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: AMENDOIM-BRAVO; CAPIM MARMELADA; PICÃO PRETO; PLANTAS DANINHAS; RESISTÊNCIA AO HERBICIDA; SOJA
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20210104-172142/

Os herbicidas constituem-se na principal medida de controle de plantas daninhas na cultura da soja, mas através da pressão de seleção, em função do uso contínuo e prolongado de produtos com mesmo mecanismo de ação pode ocorrer a manifestação de biótipos resistentes. Para verificar possíveis e novos casos, bem como alternativas para prevenção e manejo, foram coletadas sementes de Euphorbia heterophylla L. nas regiões produtoras de Assis (SP), Caarapó (MS), Cascavel (Pr), Nova Aurora (Pr) e Tupanciretã (RS), bem como de Bidens subalternans L. na de São Gabriel D'Oeste (MS), em plantas que sobreviveram à contínuos tratamentos com herbicidas inibidores da ALS; além de Brachiaria plantaginea (Link) Hitchc., em Mangueirinha (Pr), aos inibidores da ACCase. Através de experimentos conduzidos em vasos e em casa-de-vegetação, esses biótipos foram comparados aos suscetíveis quando submetidos a tratamentos que envolveram os principais herbicidas de aplicação em pós-emergência usados na cultura. Esses, foram aplicados quando as dicotiledôneas apresentavam duas a quatro folhas e até o-início do perfilhamento da gramínea, nas doses zero, duas, quatro e oito vezes a normalmente recomendada e utilizada em condições de campo. Aos vinte dias após os tratamentos, foram avaliados parâmetros relativos ao controle e produção de fitomassa verde, visando estabelecimento de curvas de dose-resposta e obtenção dos fatores de resistência a partir dos valores da LD50 e GR50. Os biótipos de E. heterophylla e B. subalternans apresentaram diferentes níveis de resistência aos herbicidas chlorimuron-ethyl e imazethapyr, demonstrando serem portadores de resistência cruzada aos inibidores da ALS dos grupos das sulfoniluréias e imidazolinonas. Além de flumiclorac-pentil (40 g.ha-1) e glyphosate (360 g.ha-1) para a primeira espécie e bentazon (720 g.ha-1) e glyphosate (180 g.ha-1) para a segunda, ambas populações foram eficientemente controladas nos tratamentos com fomesafen (250 g.ha-1), lactofen (120 g.ha-1) e glufosinato de amônia (150 g.ha-1). O biótipo de B. plantaginea apresentou diferentes níveis de resistência aos herbicidas inibidores da ACCase fluazifop-p-butil e sethoxydim, dos grupos dos aril oxi-fenoxi-propionatos e hidroxi-ciclo-hexenos, mas não apresentou resistência múltipla aos inibidores de GS e EPSPs, sendo eficientemente controlado por glufosinato de amônia (150 g.ha-1) e glyphosate (180 g.ha-1).