Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1991 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Teodoro Isnard Ribeiro de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44133/tde-25092013-110256/
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Resumo: |
A área de pesquisa situa-se na Serra das Éguas, Brumado, Bahia, na Mina de magnesita de Campo de Dentro e arredores. A jazida, de morfologia lenticular, encaixa-se em rochas dolomíticas localmente evaporíticas e estas em calciossilicáticas. Estas rochas foram interpretadas como metassedimentos químicos e pelíticos de águas rasas, deformados e metamorfisados no fácies anfibolito, com intercalações de anfibolitos, prováveis metavulcânicas básicas. A seqüência rochosa pertence ao Grupo Serra das Éguas, unidade superior do Complexo de Brumado. Embora os dados geocronológicos sejam escassos, pode-se supor idade proterozóica inferior. A metodologia da pesquisa baseou-se no quimismo da fração carbonática das rochas e na composição isotrópica do carbono, oxigênio e estrôncio. A amostragem procurou abranger o espectro de variações químicas e físicas das rochas dolomíticas e magnesíticas, tendo sido feita prioritariamente em testemunhos de sondagem rotativa, anteriormente descritos e analisados para os elementos maiores. Assim, de um total de 306 amostras apenas 11 foram coletadas em afloramentos. A composição química das rochas foi estudada de forma particular, de acordo com as peculiaridades genéticas dos magnesititos. Fez-se ataque ácido controlado, solubilizando-se apenas a fração carbonática das amostras. Com este procedimento evitou-se a introdução de teores devidos a metapelitos, de presença provável em sedimentos químicos de águas rasas. Foram encaminhados para dosagem em Espectrômetro de Emissão Atômica em Plasma Induzido os elementos Al, B, Ba, Ca, Co, Cu, Fe, Ga, Mg, Mn, Ni, P, Pb, Sr, Ti, V e Zn e, por espectrometria de absorção atômica, K e Na. Destes elementos Co, Pb e Ti não puderam ser dosados por apresentarem teores abaixo do limite de detecção e Ga, Na e U por problemas técnicos. Foi ainda dosado F, pelo método do íon seletivo. O resíduo insolúvel foi calculado estequiométricamente e, objetivando-se verificar correlações, foram atribuídos valores para a granulação, a partir de uma escala arbitrária. Este conjunto de dados foi comparado à razão Mg/Ca, em diagramas binários, não demonstrando correlações na maior parte dos casos. Já com o agrupamento de amostras segundo intervalos de razão Mg/Ca foi possível visualizar tendências para todos os elementos, com exceção de B e Cu, bem como para a granulação e resíduo insolúvel. Verificou-se diminuírem os teores destas variaveis com o aumento da razão Mg/Ca, o que foi interpretado como reflexo da diminuição da disponibilidade dos vários íons na água-mãe, tanto por precipitação prévia como por diluição da solução, bem como uma crescente eficiência do processo de maturação de precipitado. Para o P deu-se o contrário, indicando sua permanência em solução nos sub-ambientes precipitadores de carbonatos mais ricos em cálcio e precipitação nas bacias magnesíticas, devido ao maior pH e à maior atividade biológica. O conjunto dos dados indicou ainda homogeneidade e especificidade de condições na formação dos magnesititos que na dos dolomitos encaixantes. Para análise dos isótopos do carbono e oxigênio, foram selecionadas 16 amostras, representativas do espectro de variação da razão Mg/Ca e da granulação. Foi feita uma abertura sequencial por fase mineral (1° calcita, 2° dolomita e 3° magnesita), variando-se os parâmetros tempo e temperatura de reação com \'H IND. 3\'\'PO IND. 4\' a 100%. Os resultados indicaram composições isotópicas típicas de carbonatos precipitados em ambiente marinho restrito, metamorfisados e de idade proterozóica, enquadrando-se também na faixa admitida para magnesititos do tipo Veitsch. Indicaram ainda maior homogeneidade nas bacias formadoras de carbonatos hipermagnesianos, com contribuição de água doce e presença de fermentação anaeróbica de matéria orgânica e/ou maiores pHs. O comportamento isotópico diferenciado entre dolomitas e magnesitas coexistentes indicou tanto diferentes equilíbrios isotópicos em sua formação como ausência de completa homogeneização isotópica. Foram encaminhadas 10 amostras, selecionadas como anteriormente descrito, para a obtenção da razão inicial do estrôncio. Os resultados mostraram-se extremamente variados e alterados frente à razão inicial esperada, não permitindo interpretações paleoambientais e indicando ação de fluidos hidrotermais ricos em \'ANTPOT. 87 Sr\' radiogênico. A inexistência de correlação entre as razões \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\' e Mg/Ca indicou independência entre os processos concentrados de \'Mg POT. 2+\' e \'ANTPOT. 87 Sr\'. A ampla variação das razões isotópicas sugeriu uma ação localizada dos fluidos hidrotermais, ocasionando homogeneização isotópica pontual deste elemento, para o que devem ter contribuido os baixos teores em que se apresenta. O conjunto dos dados obtidos e a análise da literatura permitiu a proposição de um modelo genético esquemático para os magnesititos estudados, onde se prevê precipitação prévia de carbonatos menos magnesianos em ambiente marinho e marinho restrito, localmente evaporítico, seguindo-se a a formação de magnesititos em bacias ainda mais restritas, supra-tidais e com influência de água doce continental, por precipitação e enriquecimento em \'Mg POT. 2+\' no ambiente sedimentar, por maturação de precipitado. |