Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Marchiori, Ricardo de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/31/31131/tde-17032020-092956/
|
Resumo: |
Inspirada no Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), foi criada em 2012 a Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), no âmbito do Sistema ONU. É o mais novo organismo científico e diplomático voltado à produção de relatórios sobre os ecossistemas planetários e objetiva concentrar autoridade científica para orientar a formulação de políticas públicas ambientais. Diferentemente do IPCC, contudo, possui maior diversidade disciplinar e prevê desde sua concepção a inclusão de outros atores sociais e sistemas de conhecimentos, como as comunidades indígenas e locais. Partindo de uma pesquisa documental em registros oficiais da Plataforma, procurou-se investigar através de quais discursos, metologias e processos decisórios os conhecimentos indígenas e locais são reconhecidos e incluídos nos trabalhos do IPBES, atentando-se para possíveis conflitos e apagamentos. Em linhas gerais, tentou-se indagar quais as premissas ontológicas subjacentes às concepções modernas de natureza e de política implicitamente adotadas pelas ciências modernas no âmbito do IPBES e, consequentemente, quais fricções surgem quando contrapostas a outros regimes de conhecimentos, buscando-se verificar a possibilidade de ocorrência de rupturas na ontologia oficial dos modernos. Por fim, constatou-se um comprometimento por parte dos cientistas em fazer constar estes conhecimentos nos produtos da Plataforma, ainda que tratados de maneira tipicamente diplomática e cautelosa com a qual o IPBES busca construir sua legitimidade política e científica. |