Impacto dos fungos entomopatogênicos Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana no controle biológico de Rhodnius neglectus: um estudo realizado em condições de laboratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Freire, Patricia Forli Schwartz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6142/tde-24102023-195222/
Resumo: A doença de Chagas é uma doença negligenciada causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi que afeta, aproximadamente, seis a sete milhões de pessoas em todo o mundo, resultando, todos os anos, em cerca de 14 mil mortes por complicações cardíacas e digestivas. A principal forma de transmissão dessa enfermidade na América Latina é vetorial, pelos triatomíneos, sendo o controle de vetores a principal medida para mitigar os casos de infecção por T. cruzi. O histórico do controle dos triatomíneos no Brasil se fundamenta, principalmente, no uso de inseticidas, fazendo-se necessário o manejo integrado de pragas como alternativa para a contenção desses vetores. Entre elas, tem sido realizada a utilização de controladores biológicos, visando auxiliar no estabelecimento de estratégias racionais e eficazes de controle de artrópodes vetores, uma vez que causam baixos danos ambientais. Diversos trabalhos consideram os fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae patogênicos para triatomíneos, conferindolhes competência para o controle dos vetores da doença de Chagas. Dessa forma, foi testada a eficácia de produtos comerciais compostos pelos fungos M. anisopliae e B. bassiana no controle biológico de Rhodnius neglectus, como alternativa ao uso de inseticidas. As análises do potencial de B. bassiana resultaram na não eclosão de 28,3% dos ovos, na mortalidade de 8,57% das ninfas de primeiro estágio (N1) e de 24,44% dos adultos. Já M. anisopliae foi responsável pela não eclosão de 25% dos ovos, mortalidade de 21,43% das ninfas N1 e 13,33% dos adultos. Esses resultados, quando comparados ao grupo controle (30% de não eclosão de ovos, nenhuma mortalidade das ninfas e 30% de mortalidade em adultos), demonstraram a ineficácia desses fungos no controle de R. neglectus, uma vez que o grupo controle resultou em eclosão/mortalidade igual ou maior que os tratamentos com os fungos entomopatogênicos.