Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Lima, Lilian Maluf de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-16072008-125858/
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Resumo: |
Foram especificados modelos econométricos para estimativas de preços implícitos de atributos selecionados de qualidade em pêssegos comercializados no estado de São Paulo, em três elos da cadeia: produtor, atacado e varejo. Os dados referentes aos preços de venda de pêssegos e às características de qualidade dos frutos (como cor, tamanho, tipos de variedade/espécie e tipos de danos) foram obtidos a partir de cortes seccionais no tempo, classificados da seguinte forma: Produtores: período compreendido entre os anos de 2003 e 2006 para os produtores de uma cooperativa no município de Holambra - SP; Atacadistas: período compreendido entre os anos de 2005 e 2006 para atacadistas da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo - CEAGESP; Varejistas: ao ano de 2006 para dois varejistas selecionados no município de Piracicaba - SP. O Modelo de Preços Hedônicos foi proposto para valoração das características ao longo desse sistema de pós-colheita para os três elos. Os resultados obtidos permitiram identificar potenciais ganhos nos três elos da cadeia a partir do aprimoramento de atributos de qualidade dessa fruta. Para a análise dos resultados definiu-se que para cada elo há um pêssego-base, com características consideradas \"padrão\" de qualidade pelo mercado e pela literatura. Logo, a análise das perdas em função da ocorrência de cada característica foi realizada em relação ao preço estimado do pêssego-base de cada elo, mantendo-se as demais características constantes. Para o elo produtor obteve-se que se os pêssegos fossem comercializados na 2ª semana de janeiro (final da safra), seria observada uma redução de R$ 4,00/kg ou de 71% no preço do pêssego-base deste elo (R$ 5,62/kg). Dentro da classificação das variedades, a \"Flor da Prince\" conferiu maior perda, equivalente a R$ 2,17/kg ou de 39%. Para as classificações referentes ao calibre e à categoria, destacaram-se o \"calibre pequeno\", com perda de R$ 3,52/kg ou de 63% e \"sem categoria\" com perda de R$ 3,47/kg ou de 62%. Já para o elo atacado, se os pêssegos comercializados pertencessem à variedade São Pedro, seria observada uma redução de R$ 4,89/cx ou de 31% no preço do pêssego-base deste elo (R$ 15,69/cx). Em termos de tamanho, se os frutos deste elo apresentassem calibre pequeno, seria observada uma perda de R$ 6,13/cx ou de 39%. Com relação à presença de danos, se cada caixa contivesse uma quantidade média de danos por doença de 50%, seria observada uma redução de R$ 5,29/cx ou de 34%, a partir de uma quantidade média de danos inicial de 5% do pêssego-base. Finalmente, para o elo varejo obteve-se que se os frutos fossem oriundos do Varejão B (de qualidade inferior), o preço do pêssego-base (R$ 5,60/kg) apresentaria uma redução de R$ 0,57/kg ou de aproximadamente 10%. Frutos de calibre pequeno confeririam perdas relevantes, sendo de R$ 1,95/kg ou de 35% do preço estimado para o pêssego-base. Com relação à presença de danos, se as amostras apresentassem uma quantidade média de danos por doença ou mecânicos de 50%, seriam observadas perdas de R$ 2,52/kg e de R$ 0,13/kg ou, em termos relativos, de 45% e 2,35%, respectivamente, a partir de uma quantidade inicial média de danos por doença de 3% e de danos mecânicos de 40% do pêssego-base. |