Resumo: |
O trabalho avalia a importância dos atributos que afetam a dinâmica da água subsuperficial, em 4 níveis de escala, para a região entre São Carlos e Ribeirão Preto, nordeste do Estado de São Paulo. A área é constituída, principalmente, por arenitos da formação Botucatu e basaltos da formação Serra Geral, recobertos por materiais inconsolidados, com espessura variando de 1 a 20 m. O estudo na escala 1:100.000 considerou 27 atributos, incluindo características dos materiais geológicos, geomorfologia, precipitações e fontes de contaminação. A técnica AHP (Analytic Hierarchy Process) foi utilizada para determinar o potencial relativo em termos de contaminação das águas subsuperficiais. Os resultados indicaram que o risco atual de contaminação das águas subsuperficiais é relativamente baixo, devendo ser analisado com maior detalhe para algumas bacias consideradas de risco mais acentuado. Foram realizados levantamentos em escala 1:10.000 e 1:20.000 para as bacias hidrográficas do córrego do Vaçununga (cidade de Luis Antônio) e Ribeirão do Tamanduá (próximo às cidades de Cravinhos e Serrana), respectivamente. Estas bacias foram selecionadas a partir do estudo em escala 1:100.000 devido as suas características ambientais. Foram selecionados 12 cenários de chuvas para avaliar a relação entre infiltração e escoamento superficial utilizando os modelos de infiltração de Morel - Seytoux & Khanji (1976) e Chu (1978). Os valores de descarga nos exutório e análise de recessão nestas bacias foram medidos por 2 anos. A bacia hidrográfica do córrego do esgoto (próximo a Ribeirão Preto) foi selecionada para a modelagem numérica (escala 1:1.000) por apresentar o maior índice potencial ao evento de contaminação das águas subsuperficiais na escala 1:100.000. A modelagem auxiliou na definição da direção do fluxo e indicou tendências de migração dos contaminantes oriundos do lixão instalado nesta bacia (modelagem de fluxo e de transporte). |
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