Progressão da aterosclerose coronária avaliada pela coronariografia, em portadores de doença multiarterial submetidos a tratamento clínico, cirúrgico ou angioplastia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Borges, Jorge Chiquie
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-24102007-091950/
Resumo: Introdução: Freqüentemente a progressão da doença coronariana aterosclerótica é observada por angiogramas seqüenciais e atribuída ao aumento da incidência de eventos coronarianos.O significado prognóstico desta progressão em pacientes randomizados e submetidos a diferentes formas terapêuticas ainda é pouco conhecido. Este estudo compara a progressão da aterosclerose nas artérias coronárias nativas de pacientes submetidos a tratamento clinico, cirúrgico ou através da angioplastia. Métodos: 611 pacientes portadores de DAC multiarterial estável com função ventricular preservada, foram estudados e submetidos de maneira randomizada, a três formas terapêuticas habituais. Após cinco anos de evolução, 392 pacientes (64%) foram submetidos à cinecoronariografia. A progressão da doença foi definida como surgimento de estenose de, pelo menos, 20% de obstrução em um segmento arterial, admitido previamente como normal. A progressão foi avaliada nas artérias nativas que correspondem a DA, CX, CD dos três grupos terapêuticos. Resultados: 392 pacientes estudados, 136 eram do grupo Cirúrgico, 146 do grupo Angioplastia e 110 do grupo Clínico. Os grupos eram homogêneos em relação às características basais. A análise de progressão entre os grupos terapêuticos mostrou maior progressão da doença na artéria DA do grupo angioplastia. Entre os fatores relacionados à progressão da doença a presença de HAS influenciou significativamente (p= 0,048). Em relação à oclusão total, houve maior incidência no sexo masculino (p= 0,0078) e novo IAM (p= 0,0006). Não se observou relação estatística entre eventos coronarianos e progressão da doença na amostra estudada. Conclusão: Nessa amostra observou-se a progressão da aterosclerose independente da opção terapêutica. Todavia, encontrou-se menor progressão da doença nos pacientes do grupo cirúrgico. Exceto pela presença de hipertensão, nenhum outro fator de risco parece ter influenciado nesta condição.