Estações ferroviárias de São Paulo: locais públicos da mobilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Neres, Rodrigo Morganti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16136/tde-11122023-114115/
Resumo: A mobilidade, em múltiplas escalas, é algo representativo da contemporaneidade e uma atividade intrínseca à vida social e urbana. No momento histórico atual, as pessoas, objetos e informações estão, de modo geral, circulando cada vez mais, por diferentes motivos, através de diferentes tecnologias e com maior rapidez e frequência. Os deslocamentos urbanos, especificamente, se dão sempre em relação ao espaço urbano e produzem efeitos socioespaciais positivos, como a ampliação da acessibilidade das localidades, e negativos, como fomentar, em conjunto com outros fatores, processos segregativos. Vista sob essa perspectiva e considerando os aspectos econômicos, sociais, políticos e espaciais envolvidos, a mobilidade não é apenas o deslocamento de um ponto a outro. É uma prática social imbuída de significados que, enquanto fator social, é um agente de produção do espaço e do tempo. Ao passo que, considerar essas questões abre muitas possibilidades de compreensão das infraestruturas de transporte para além do domínio excessivamente técnico ao qual pertencem. Observar como as pessoas se comportam em seus deslocamentos e usam os espaços das infraestruturas de transporte é uma delas. É a partir dessa abordagem, que traz as pessoas e as práticas sociais da mobilidade para o centro das análises, que as estações ferroviárias de São Paulo são investigadas nesta tese como locais públicos da mobilidade em íntima relação com a cidade. Ao associar os usos identificados em levantamentos em campo às características espaciais, esta pesquisa se desenvolve a partir do estudo de caso das estações Barra Funda, Pirituba e Jardim Helena-Vila Mara. Os resultados indicam a diversidade de formas com que essas infraestruturas se relacionam com o espaço urbano da metrópole paulista, de acordo com os usos dos passageiros, com as características de inserção urbana e as possibilidades de ampliar a sinergia das estações com os espaços públicos, criados ou existentes.