Avaliação da qualidade dos registros de enfermagem no prontuário eletrônico em um hospital oncológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pimenta, Ariane Silva Paulino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-12052017-124204/
Resumo: Introdução: A qualidade dos registros de enfermagem é imprescindível para documentar as necessidades dos pacientes/usuários no processo saúde-doença nas diferentes dimensões do cuidado. Objetivo geral: Avaliar a qualidade dos registros do processo de enfermagem (PE) no prontuário eletrônico de pacientes admitidos nas unidades de internação (clínica e cirúrgica), em um hospital oncológico e de ensino, no Município de São Paulo. Método: Estudo quantitativo, exploratório, descritivo e documental. A casuística compôs-se de 246 prontuários eletrônicos, selecionados por amostragem probabilística, aleatória simples e proporcional. Os dados foram coletados entre outubro e dezembro de 2015, mediante um formulário, contendo os registros relativos ao PE no prontuário eletrônico: avaliação inicial, exame físico, diagnóstico, evolução, prescrição e anotação de enfermagem. Os atributos preenchimento, representado pela presença ou ausência dos registros e a completude por completo, parcialmente completo e incompleto foram avaliados. A análise dos dados foi realizada, empregando-se a estatística descritiva e inferencial, com significância de 5%. Resultados: A conformidade geral quanto ao preenchimento dos registros correspondeu a 85% e a completude, 15,4%. Na avaliação da conformidade relativa aos seis itens, a maior conformidade de preenchimento envolveu a evolução e a anotação de enfermagem (100%), e a de completude foi a prescrição de enfermagem (82,5%). Os piores índices de conformidade relativos ao preenchimento ocorreram na avaliação inicial (86,2%) e de completude, no exame físico (48,8%). Nas unidades da oncoclínica e oncocirúrgica, a maior conformidade de preenchimento foi na evolução e na anotação de enfermagem (100%), e de completude, a prescrição de enfermagem (84,7% na oncoclínica e 80,5% na oncocirúrgica). Os piores percentuais, quanto ao preenchimento nas unidades, foram na avaliação inicial (83,9% na oncoclínica e 88,3% na oncocirúrgica), e de completude ocorreram no exame físico (54,2% na oncoclínica e 43,8% na oncocirúrgica). Na comparação entre as unidades, os itens da avaliação inicial, envolvendo os registros de queda e cuidador, e o registro de dor na evolução de enfermagem apresentaram baixos índices de conformidade, com diferença estatisticamente significativa, valor de p<0,001. Conclusão: Os achados evidenciaram elevados índices de conformidade na presença dos registros de enfermagem, porém, uma certa fragilidade na dimensão qualitativa desses documentos, frente aos percentuais encontrados na completude. Outrossim, ratificaram a importância do monitoramento e da avaliação desses registros, para implementar ações de aprimoramento, visando maiores índices de conformidade no prontuário eletrônico.