Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Costa, Simone Alves da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-24032016-151028/
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Resumo: |
O objetivo deste estudo é investigar como vem sendo construído o processo de geração, disseminação e utilização do corpo de conhecimentos da Gestão Estratégica de Custos (GEC), sob a ótica da Teoria Ator-Rede (TAR). Entende-se que, ao transpor os conceitos da TAR para compreender a construção da GEC, abre-se um precedente para que outras situações dentro da Contabilidade Financeira ou de Gestão possam ser beneficiadas ao utilizar a mesma abordagem. Além de obter uma visão panorâmica sobre a GEC em termos de ensino e pesquisa, a ampliação da aplicação de métodos de outras áreas ao ambiente contábil (uma vez que a TAR vem da Sociologia) é benéfica ao desenvolvimento do campo. Nesse sentido, o referencial teórico abordou os principais conceitos da TAR e estudos anteriores de áreas correlatas que a tem utilizado. Adicionalmente, conceitos de estratégia foram retomados, a fim de compreender as bases sobre as quais a GEC está posta. Discussões sobre a GEC em relação ao conceito e estágio atuais, bem como estudos que mesclam abordagens de GEC e TAR, complementam o quadro teórico de apoio. A metodologia de pesquisa proposta, com o foco de captar a rede seguindo os atores (Latour, 2000), se utilizou de entrevistas semiestruturadas, observação participante e análise de conteúdo referente a periódicos, cursos e livros de referências na área. Foram entrevistados 22 indivíduos entre docentes, pesquisadores, coordenadores, editores, avaliadores etc. Desses, dezessete são brasileiros e cinco advindos de Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Itália e Portugal. Também foram registradas 80 horas de observação em eventos da área, juntamente com material de oito periódicos, dezesseis livros e sete cursos de referência. Desse material emergiram três categorias que auxiliam na visualização da construção do campo: Domínio, Contexto (subdividida em Mercado Profissional, Ensino, Pesquisa e Funções Administrativas) e Conceito. A análise das categorias auxiliou a compreender as dificuldades existentes para estabelecimento de uma definição de GEC, entre outros aspectos. O que se nota é a diminuição de pesquisadores da área, induzida pelo mainstream e pela viabilidade de pesquisa em outros assuntos, como acesso facilitado a dados, menor dispêndio de tempo e não necessidade de deslocamento. Os temas de gestão em geral, no âmbito da Contabilidade, têm visto seu escopo diminuir em detrimento à Contabilidade Financeira. A ausência ou baixa expressividade de mecanismos específicos de fomento à GEC, como periódicos, instituições, material escrito e cursos, compõe outro fator que tem dificultado seu processo de difusão. O que se nota é uma área construída sobre diversos argumentos de autoridade e consistência retórica, expressando uma rede de convergência baixa em sua totalidade (Callon, 1991). A TAR se mostrou eficiente auxiliando na compreensão da construção da GEC como campo acadêmico. A análise de forma geral corroborou a maior parte dos estudos anteriores na área, destacando-se o de Shank (2006). A base controversa sobre a qual a GEC está posta esboça dificuldades para obtenção de coesão, ao mesmo tempo em que amplia possibilidades de pesquisa, especialmente se exploradas relações com outras áreas do conhecimento. De toda forma, a rede tem persistido e mobilizado diferentes atores, mesmo que em distintos níveis de consistência e interesse. |