Desenvolvimento desigual e a produção da região: a dinâmica da indústria metal-mecânica automotiva no município de Caxias do Sul/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Heberle, Karen Aline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-21052015-120951/
Resumo: A região de Caxias do Sul constitui o segundo pólo industrial mais importante do Estado do Rio Grande do Sul, atrás somente da Região Metropolitana de Porto Alegre. Sua importância econômica, alicerçada em setores como o metal-mecânico automotivo, moveleiro e alimentício, perdura mesmo após a abertura comercial instaurada no Brasil a partir da década de 1990. Essa pesquisa esforça-se por analisar o problema da industrialização de Caxias do Sul sob o viés da teoria do desenvolvimento desigual, elaborada em sua versão mais refinada por David Harvey. Segundo esse enfoque, o desenvolvimento geográfico desigual é uma expressão da acumulação capitalista e resulta da tendência à concentração de recursos e riquezas (forças produtivas) em pontos nodais do espaço que contrastam com porções do espaço menos prósperas economicamente. Há, segundo essa interpretação, uma lógica universal que permeia as diferentes escalas da reprodução global da sociedade capitalista e que produz as diferenciações socioespaciais enquanto elemento inerente à sua dinâmica. Nesse sentido, o problema central dessa pesquisa consiste em compreender a formação de uma regionalidade da acumulação capitalista a partir da análise da indústria metal-mecânica automotiva no município de Caxias do Sul destacando os riscos e contradições do processo. Para isso, abordamos as fragilidades produzidas pela especialização produtiva regional e as estratégias utilizadas pelas empresas do setor para manter a competitividade econômica em um novo ambiente de negócios, com forte concorrência internacional. Enfatizamos ainda o papel das representações ideológicas para a reprodução de uma relativa estabilidade/coerência regional, diante das forças de desestruturação/reestruturação colocadas pela globalização.